Giorgio Armani: "O progresso tecnológico nos permite ter uma série de alternativas à nossa disposição, todas excluindo práticas cruéis"
Foto: Franco Origlia/Getty Images
O grupo Armani anunciou na terça-feira, 22 de março, que deixará de usar pele animal em todas as suas marcas. A decisão representa um grande avanço na luta pelos direitos dos animais.
Em nota oficial, o estilista Giorgio Armani declarou:
"É com muito prazer que anuncio que o Grupo Armani estabeleceu um firme comprometimento em abolir o uso de pele animal em nossas coleções. O progresso tecnológico dos últimos anos nos permite ter uma série de alternativas à nossa disposição, todas excluindo práticas cruéis e desnecessárias contra animais. Minha empresa está dando um passo enorme, que reflete nossa crescente atenção aos problemas críticos do meio ambiente e dos animais".
A medida entra em prática a partir das coleções de inverno 2017, que chegam às lojas do hemisfério norte no segundo semestre de 2016 e foram recentemente desfiladas nas semanas de moda de Paris e Milão.
Pressão de ONGs
A mudança é fruto da pressão por parte de organizações que lutam pelo direito dos animais, como People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), The Humane Sociaty of The United States (HSUS) e Fur Free Alliance.
Em 2008, depois de um protesto de ativistas da Peta, o Grupo Armani já havia restringido o uso de peles apenas de coelhos, com a justificativa de que eles já eram usados como fonte alimentar.
Exemplo
Agora, com a mudança completa, espera-se que outras grifes sigam o exemplo e passem a aderir a política pelo não uso de peles animais em roupas.
O gerente de engajamento corporativo da HSUS, P.J. Smith, declarou que a organização "chama atenção de todos os estilistas que em nome da liberdade criativa, fecham seus olhos para a crueldade por trás da pele."
(Por Ana Júlia Gennari, do HuffPost Brasil)
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