Borboleta é o símbolo da data
Foto: Adam Mirowski
A ONU marca este 1º de março como o Dia da Discriminação Zero, uma chance de celebrar a diversidade e rejeitar qualquer tipo de preconceito. O secretário-geral Ban Ki-moon afirmou que a "discriminação é uma violação dos direitos humanos e não pode seguir impune". Para o chefe das Nações Unidas, "todos têm o direito de viver com respeito e dignidade".
Por sua vez, o diretor-executivo do Programa Conjunto sobre HIV/Aids, Unaids, Michel Sidibé, afirmou que "o compromisso de tornar o mundo livre de estigma e discriminação não é uma opção, é um dever". Sidibé lembrou que a discriminação provoca preconceito, limita as chances de milhões de pessoas e pode causar abusos e violência.
Para combater o problema, o chefe da Unaids declarou que é "necessário denunciar quando alguma coisa está errada, sensibilizar a população, apoiar as pessoas que estão sendo discriminadas e promover os benefícios da diversidade". Este ano, a agência da ONU escolheu a borboleta como símbolo da campanha.
O embaixador da Boa Vontade do Unaids, Toumani Diabaté, disse "acreditar ser possível ter um mundo livre do estigma e da discriminação, onde as pessoas possam se expressar abertamente e alcançar todo o seu potencial".
Alfabetização
Segundo o Programa Conjunto sobre HIV/Aids, muita coisa ainda precisa ser feita. Quase 80 países têm leis que criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo.
Em muitas nações, o índice de alfabetização entre as mulheres é muito menor do que entre os homens. Ainda segundo a agência, no Brasil, os descendentes africanos têm mais chances de estarem desempregados do que os brancos. E os salários dos negros representam menos da metade do que os dos brancos.
Nos Estados Unidos, 64% dos trabalhadores disseram ter visto ou sido vítima de discriminação pela idade. No Reino Unido, aproximadamente 70% dos trabalhadores que ganham salário mínimo são mulheres.
Em todo o mundo, mais de 10% das mulheres e 23% dos homens que sofrem de algum tipo de deficiência não buscam assistência de saúde porque foram maltratados na primeira visita ao médico.
(Por Edgard Júnior, da Rádio ONU)
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