Nove em cada dez pacientes com disfunções sexuais eram sedentários, aponta pesquisa/Foto: FBellon
Uma pesquisa divulgada na sexta-feira, 22 de julho, pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, revelou que os homens sedentários estão mais propensos a sofrer de impotência sexual. O estudo realizado com pacientes do Centro de Referência da Saúde do Homem indicou que, em 90% dos casos de incidência da doença, os homens apresentavam uma vida sedentária.
Segundo a publicação, além de estímulos como o toque, a visão e até mesmo as memórias e os pensamentos, o homem precisa de equilíbrio no próprio organismo para ter uma ereção. Cabe ao cérebro comandar as reações nos nervos, músculos e na circulação para que os corpos cavernosos do pênis encham de sangue e o órgão fique enrijecido.
O sedentarismo, entretanto, contribui com o aparecimento de hipertensão arterial sistêmica, colesterol e triglicerídeos altos, fatores de riscos para as doenças cardiovasculares que, junto com a diabetes mellitus, formam as principais causas orgânicas da disfunção erétil, pois tornam os vasos sanguíneos mais rígidos e dificultam a vasodilatação.
Quem não pratica atividades físicas e possui maus hábitos alimentares ainda pode ganhar peso e gordura na região abdominal diminuindo, desta forma, a produção de testosterona - hormônio masculino importante para o bom desempenho sexual.
Cigarro
Além do sedentarismo, o cigarro também foi apontado pela pesquisa como causador de disfunções sexuais. Segundo o urologista Joaquim Claro, médico chefe do Centro de Referência da Saúde do Homem, 40% dos pacientes com a disfunção eram fumantes.
“Os pacientes tabagistas com mais de 55 anos dificilmente vão deixar de apresentar algum grau de impotência sexual. A atuação do tabaco nas artérias é similar ao dos fatores orgânicos como a diabetes”, explica o médico.
Cerca de 25 milhões de brasileiros acima dos 18 anos já sofreu com o problema pelo menos uma vez na vida. Entre a faixa dos 40 anos, mais de 40% não conseguem ter relações por falta de ereção. "É importante que o homem saiba reconhecer quando as falhas são eventuais e quando é o momento de procurar ajuda médica", ressalta o urologista responsável pelo serviço de urologia Cláudio Murta.
A disfunção sexual pode ser tratada com terapia de apoio, medicamentos ou com a implantação de prótese peniana, mas somente um especialista é capaz de fazer o diagnóstico da doença e indicar o melhor método de tratamento.
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