Rompimento da barreira dos 400 ppm de CO2 coloca o mundo em uma "zona perigosa", segundo a ONU
Foto: Stug.stug
As Nações Unidas fizeram um alerta à comunidade internacional na segunda-feira, 13 de maio, depois de o mundo ter ultrapassado o número de 400 partículas por milhão (ppm), o que é considerado uma "barreira perigosa" nos níveis de emissão de dióxido de carbono (CO2), principal gás de efeito estufa (GEE), que contribui para às mudanças climáticas bruscas e o aquecimento global.
O anúncio de que a concentração global de de CO2 na atmosfera atingiu os 400 ppm veio por meio da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Em comunicado, a chefe da Convenção, Christiana Figueres, alertou que "é hora de o mundo acordar e entender o que isso significa para a segurança humana, o bem estar e o desenvolvimento econômico." Para Figueres, é preciso intensificar a resposta às mudanças climáticas por todas as partes da sociedade.
"É hora de o mundo acordar", alertou Christiana Figueres
Foto: JC McIlwaine/UN
Mais uma rodada de negociações sobre o tema será realizada entre 3 e 14 de junho em Bonn, na Alemanha. As atenções agora estão voltadas para um novo acordo sobre o clima global e uma iniciativa de ação imediata.
O Protocolo de Kyoto, único tratado climático internacional acerca do tema, sofre com a baixa adesão e resultados inexpressivos em relação ao problema. Um novo documento, capaz de reunir todos os países e limitar as emissões de GEE dos mesmos, dificilmente deverá sair antes de 2015, segundo o andamento das negociações.
Para a Convenção das Nações Unidas, ao romper a barreira de 400 ppm de dióxido de carbono na atmosfera, o mundo entra numa "zona perigosa".
Plantas e animais
Um estudo publicado no domingo (12), na revista Nature Climate Change, revela que mais da metade das espécies vegetais e um terço das animais mais comuns terão seu espaço vital reduzido à metade até 2080 se o aquecimento global continuar aumentando.
O aumento das emissões de gás de efeito estufa coloca o planeta em uma trajetória de aquecimento de cerca de 4°C até o final do século, em relação aos níveis pré-industriais.
Os pesquisadores da universidade britânica de East Anglia estudaram o impacto de um aumento de temperatura nas "zonas climáticas" de 48.786 espécies, ou seja, nos locais em que as condições climáticas são propícias a sua existência. Cerca de 55% das plantas e 35% dos animais poderiam ver esse espaço reduzido à metade até 2080.
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