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Impressora 3D capaz de criar tecido vivo pode evitar testes com animais

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15/05/2015 às 10:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:54 - há XX semanas
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Potencial no curto prazo da impressora 3D é ajudar a fomentar terapias personalizadas para tratamento de doenças
Foto: Divulgação/BioBots

Os testes em animais costumam causar polêmica em todo o mundo. De um lado, a comunidade científica afirma que esse tipo de procedimento é importante para as pesquisas. Do outro, grupos ambientalistas condenam a prática, sob a alegação de que ela submete as demais espécies a torturas e maus-tratos.

Uma saída para o problema pode vir de uma invenção da startup de biotecnologia BioBots. Ela apresentou recentemente uma nova impressora 3D que recria tecido vivo e órgãos humanos em miniatura. Atualmente, a técnica é usada em testes de medicamentos e demonstra melhor desempenho que nos animais, de acordo com os desenvolvedores.

No lugar de plástico, a impressora 3D da BioBots usa uma tinta especial que pode ser combinada com biomateriais e células vivas para construir tecido vivo. A tinta conta com um composto foto-inicializador que, quando ativado pela luz azul emitida pela impressora, consegue recuperar estruturas biomateriais.

O dispositivo foi demonstrado no palco do TechCrunch Disrupt NY, onde imprimiu uma réplica da orelha de Van Gogh. Apesar de conseguir reproduzir órgãos inteiros, a aplicação não visa a transplantes ou reposição, pelo menos por enquanto. O potencial no curto prazo é ajudar a fomentar terapias personalizadas para tratamento de doenças.

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Em vez de plástico, a impressora 3D da BioBots usa uma tinta especial que pode ser combinada com biomateriais e células vivas
Foto: Reprodução/TechCrunch

“Podemos tirar células diretamente do paciente e construir tecidos 3D especificamente para esse paciente, e testar diferentes tratamentos, rotinas diferentes de medicamentos e de terapia individualizada para a doença específica do paciente”, explicou Danny Cabrera, um dos fundadores da BioBots.

A tecnologia da biofabricação, como é chamado o processo de construção artificial de tecidos vivos, existe há mais de dez anos, mas as impressoras existentes até agora ocupam salas inteiras e são muito caras, com preços entre US$ 100 mil e US$ 500 mil (valores entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão).

O que o dispositivo da BioBots fez foi tornar tudo mais barato. Os primeiros modelos começarão a ser vendidos nos próximos meses, por US$ 5 mil (cerca de R$ 15 mil). A quantia, porém, é para os pesquisadores que estão ajudando no desenvolvimento da impressora.

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