Embora a internet já seja comprovadamente um instrumento eficiente e recomendável para a aprendizagem escolar, esta não está presente satisfatoriamente na rede pública brasileira. O último resumo técnico do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) revelou que apenas 42,6% das escolas de ensino fundamental têm acesso à internet e 55,9% das instituições não têm laboratórios de informática.
O menor percentual de exclusão digital foi a da região Norte, com apenas 18,7% das escolas conectadas. Logo em seguida vem o Nordeste, com apenas 25,3% de acessos. Já as regiões Sudeste (72%), o Centro-Oeste (73%) e Sul (74%), atingiram boas marcas de inclusão digital nas escolas públicas do País.
Apesar do cenário negativo, 79,5% dos estudantes do ensino fundamental da rede pública tem disponíveis recursos tecnológicos e 76,9% contam com laboratórios. Contudo, para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Cleuza Repulho, a simples existência de laboratórios de informática não basta, é preciso fomentar o uso do equipamento.
Segundo ela, um dos entraves para a inclusão digital é a falta de infraestrutura, tais quais um bom sistema de banda larga e a adoção de sistemas como wi-fi, que permitiria acesso à internet de qualquer lugar da escola, e não só nos laboratórios.
Soluções
Para melhorar um pouco este quadro, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou, no início do ano, a distribuição de 600 mil tablets para os professores, um investimento de R$ 180 milhões.
A distribuição começará antes de se obter uma análise do impacto do Programa Um Computador Por Aluno – Prouca, do governo federal. O Prouca garante que Estados e municípios possam adquirir laptops novos para as escolas, mas, até o momento, apenas 2% das escolas foram beneficiadas.
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