O plano abrange quatro linhas de inovação
Foto: Editorial J
Foi lançada na terça-feira, 2 de abril, o Plano Inova Energia, linha de financiamento para projetos inovadores no setor elétrico com recursos iniciais de R$ 3 bilhões. A parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende movimentar o mercado energético do país a partir empresas privadas, a exemplo de grandes e médios fabricantes de equipamentos.
O plano abrange quatro linhas de inovação: redes inteligentes, que distribuem a energia de maneira mais eficiente; melhoria na transmissão de longa distância em alta tensão; energias alternativas, como a solar e termossolar; e desenvolvimento de dispositivos eficientes para veículos elétricos, que contribuam para a redução na emissão de poluentes nas cidades.
Os interessados em realizar o financiamento poderão escolher entre:
- Subvenção - Realizada por meio de chamada pública e não exige reembolso;
- Projeto Cooperativo - Financiará, de forma não reembolsável, as instituições de pesquisas científicas tecnológicas (ICTs) que tenham parceira com empresas;
- Subsidiado - Terá uma taxa de 3,5% ao ano, com carência de 24 a 48 meses, prazo de pagamento de até dez anos e limite de crédito de R$ 293 milhões por grupo;
- Investimento Equity - Nesse instrumento, um dos agentes financiadores (BNDES ou Finep) se torna sócio da companhia, que são consideradas capazes de inovar, mas necessitam de capital.
Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, essa é a oportunidade de o setor privado assumir a liderança energética do país. "No Brasil, em geral, o gasto em ciência, tecnologia e inovação está muito concentrado nas universidades, no setor público. Ele precisa, agora, da liderança das empresas", afirmou à Agência Brasil.
Coutinho comentou ainda que espera que, em um prazo de dois anos, os investimentos do Plano Inova Energia comecem a dar resultados, já que em 2013 haverá crescimento do investimento em projetos semelhantes. "No ano passado [em 2012], foram gastos R$ 2,6 bilhões em projetos de inovação. Este ano, esperamos chegar a pelo menos R$ 3,5 bilhões em várias áreas", estimou.
Apesar do foco do programa ser grandes e médios fabricantes, o superintendente da Área de Financiamentos da Finep, Ricardo Jabace, afirmou que as empresas menores também poderão participar dos financiamento, desde que estejam associadas a grupos maiores. Já as companhias estrangeiras só poderão fazer parte do projeto se houver representatividade no país. "Haverá prioridade para as que façam transferência de tecnologia", ressaltou Alexandre Velloso, chefe do departamento de Energias Tecnologias Limpas da agência.
Estão previstos ainda outros planos que visam estimular inovação nas áreas da saúde, como de vacinas e fármacos, aeroespacial e defesa, tecnologia da informação e comunicações, e agronegócio.
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