Investimentos em energia renovável crescem 8% no Brasil, aponta Pnuma

Parque Eólico Mangue Seco, no Rio Grande do Norte/Foto: Divulgação

O Brasil investiu 8% a mais em energias renováveis em 2011, em comparação com 2010, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgados na quarta-feira, 13 de junho. O país aumentou os investimentos no setor para US$ 7 bilhões (mais de R$ 14 bilhões), de acordo com a agência da ONU.

Na segunda-feira (12), o EcoD já havia informado que as fontes renováveis representaram 88,8% da matriz energética brasileira em 2011, conforme estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O índice corresponde a um aumento de 2,5% em relação a 2010. Houve alta de 6,3% na produção hidrelétrica, devido a condições hidrológicas favoráveis. Por outro lado, teve redução na produção de bioeletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar. A fonte eólica cresceu 24,2% no período.

De volta ao estudo do Pnuma, a energia solar foi a fonte renovável mais escolhida pelos investidores globais no ano passado, ultrapassando a energia eólica.

Já os financiamentos mundiais em energias renováveis atingiram o valor recorde de US$ 257 bilhões em 2011. Segundo o Pnuma, em todo o mundo, o aumento foi 17% maior na comparação com 2010 e 94% em relação aos investimentos feitos um ano antes da crise financeira mundial.

De acordo com o Pnuma, foram atraídos novos mercados, com cerca de 50 países instalando equipamentos de energia eólica. Já os painéis solares para geração de água quente são utilizados em mais de 200 milhões de casas e em muitos edifícios públicos e comerciais pelo mundo.

Economia Verde

Brasil, China e Índia respondem por um quarto da capacidade global de energias renováveis não-hidráulicas, segundo o Pnuma.

O diretor-executivo do programa ambiental da ONU, Achim Steiner, citou o clima e a segurança energética entre os fatores que levaram ao aumento dos investimentos. Ele ressaltou que o setor de energias renováveis está ajudando vários países na transição para uma economia verde, de baixo carbono.

O anúncio dos dados coincide com o início da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que começa na quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, e segue até o dia 22 do mesmo mês.

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