A holding Itaú-Unibanco ocupa atualmente a sétima posição no ranking nacional de transparência da Carbon Disclosure Project (CDP), divulgado nesta quarta-feira, 4 de novembro, e cujo questionário contou com respostas de 72 das 100 maiores empresas por capitalização de mercado do País, com base no IbrX100 da BM&FBOVESPA, além de amostras específicas de organizações convidadas por critérios ambientais e selecionadas por investidoras brasileiras.
Os resultados da edição 2015 do relatório Climate Disclosure Leadership Index trazem tendências e boas práticas de sustentabilidade, com base nas respostas das empresas líderes, de acordo com a metodologia de pontuação do CDP. As empresas foram classificadas pelo critério de transparência, por meio do qual é medido o nível de abertura da informação referente às práticas de gestão de mudanças climáticas e compreensão sobre o tema.
O Itaú-Unibanco foi avaliado com a nota 98 em transparência (desempenho B). "Compartilhamos da visão de que as mudanças climáticas representam um dos principais desafios do presente e do futuro. Por isso, buscamos incorporar suas variáveis nos negócios, gerenciando riscos e desenvolvendo soluções que respondam adequadamente à busca pela redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas", destaca a holding em seu site.
Além de adotar critérios de análise de impacto ambiental na concessão de crédito, seguros e investimentos, o Itaú adota práticas para mitigar os impactos ambientais diretos de suas operações.
"A partir de 2015, nos comprometemos em compensar as emissões diretas de GEE do Itaú Unibanco, por meio da compra de créditos de carbono certificados e que possuam benefícios socioambientais comprovados. Atualmente, quantificamos as emissões de GEE, fazemos a verificação do inventário por terceira parte independente, publicamos os nossos resultados e metas e desenvolvemos projetos internos de redução de emissões", acrescenta a holding.
Índice global
No índice global, que contou com 123 empresas respondentes na América Latina, distribuídas entre Brasil, México, Perú, Colômbia e Chile, a liderança ficou com o Grupo Financiero Banorte, do México. Esta é a primeira vez que uma empresa latino-americana passa a fazer parte do chamado A List, que aponta as empresas líderes em desempenho climático. Tais empresas são reconhecidas por apresentarem ações e compromissos robustos para reduzir a emissão de carbono e mitigar os riscos das mudanças climáticas.
Apontado pelo Financial Times como a iniciativa mais bem-sucedida de engajamento de investidores, o CDP convida, em nome de 822 investidores institucionais, que juntos administram US$ 95 trilhões em ativos financeiros, mais de 5 mil empresas a reportarem informações ambientais por meio de seus programas Climate Change, Water e Forest.
Evolução nas respostas
“Desde que o CDP iniciou suas atividades, em 2003, a cada ano, observamos uma evolução no índice de resposta ao pedido de informação dos investidores, tanto em âmbito global quanto na América Latina. A metodologia de pontuação do CDP estimula as empresas a buscarem a melhoria contínua e tem contribuído para mudar a narrativa sobre gestão ambiental de uma visão de custos para a de oportunidades econômicas e vantagens competitivas”, destacou Juliana Lopes, diretora do CDP para a América Latina.
As empresas com as melhores posições no índice passam a receber subsídios destinados à identificação de oportunidades de aprimoramento de sua gestão no que se refere a decisões com foco na redução dos impactos sobre o meio ambiente, considerando o uso da água e a emissão de carbono, entre outros exemplos de boas práticas. Paralelamente, os investidores passam a contar com informações mais embasadas, de modo que assim consigam incluir a transparência e o desempenho climáticos como variáveis em suas análises de investimento.
O CDP usa uma metodologia própria ao pontuar as empresas quanto ao desempenho em gestão ambiental, e que tem o reconhecimento do Rate the Raters como a de maior credibilidade entre os índices de sustentabilidade internacionais. O levantamento é conduzido pela GlobeScan e pela SustainAbility junto a especialistas em sustentabilidade de todo o mundo.
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