Células solares poliméricas podem ter várias aplicações para gerar energia solar
Foto: DrWurm
E se as janelas de sua casa ou apartamento pudessem gerar energia solar? Embora pareça inusitada, essa possibilidade é viável, segundo pesquisa recente coordenada pelo professor Yang Yang, do departamento de energia elétrica da Universidade de Londres. A equipe comandada por ele chegou a uma célula solar polimérica (de plástico), que produz eletricidade absorvendo a luz infravermelha, e não a luz visível.
Isso permite que célula solar de plástico alcance uma transparência de quase 70%. "Isso abre a possibilidade de usar as células solares de polímeros transparentes como componentes que poderão ser adicionados a equipamentos eletrônicos portáteis, janelas inteligentes, painéis fotovoltaicos incorporados em edifícios e várias outras aplicações", explicou o pesquisador.
Yang é um dos pioneiros nesse campo, pois criou algumas das primeiras células solares de plástico feitas de "materiais comuns", passíveis de fabricação em larga escala. Segundo ele, várias tentativas têm sido feitas no sentido de dar transparência às células solares PSC (Polymer Solar Cells).
Tais demonstrações, contudo, resultam em baixa transparência ou em perda de eficiência da célula solar, porque os materiais fotovoltaicos poliméricos e os materiais condutores dos eletrodos, usados para transferir a eletricidade para fora da célula, não podem ser alocados de forma otimizada.
A equipe do professor Yang encontrou literalmente uma solução, uma forma de misturar os componentes fotovoltaicos em forma líquida, aplicando-os sobre o plástico por um sistema de impressão de alta qualidade. Ao usar apenas elementos fotoativos sensíveis à luz infravermelha, preservou-se quase totalmente a transparência do plástico que serve de base para a célula solar.
Fios transparentes
Outro avanço foi a construção de elementos condutores transparentes compostos de uma mistura de nanofios de prata e nanopartículas de dióxido de titânio, em substituição aos eletrodos metálicos usados até agora, que não são transparentes.
Com essa combinação, obteve-se uma eficiência na conversão da radiação solar em eletricidade de 4% - muito bom para o segmento das células solares orgânicas.
Esses fios condutores transparentes são muito mais baratos do que, por exemplo, os compostos ITO, usados em telas sensíveis ao toque - que puderam ser substituídos quase totalmente. Isso vai na direção proposta pelo pesquisador de trabalhar com materiais menos exóticos. Mas se ele conseguir encontrar um substituto para a prata poderá tornar suas células solares de plástico, além de transparentes e eficientes, também mais baratas.
Com informações do Inovação Tecnológica
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