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SUSTENTABILIDADE

Jovem é premiada por projeto que reduz insumos químicos para produção agrícola

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01/12/2014 às 13:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:37 - há XX semanas
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Aluir Dias, Maria Carolina Quecine Verdi, Bruna Durante Batista, José Vicente Caixeta Filho e Evaldo Vilela
Foto: Divulgação/Esalq

Certamente o Brasil retém uma das maiores reservas de biodiversidade mundial, com uma flora rica e ainda por ser descoberta. Associadas a essas plantas, em especial bem próximo às raízes, encontram-se as rizobactérias. Essas bactérias têm sido estudadas pelo seu potencial de promover o crescimento vegetal e consequente aumento da produtividade agrícola através de mecanismos como a fixação biológica de nitrogênio, solubilização de fosfatos, produção de ácido indol-acético, entre outros.

Na terça-feira, 25 de novembro, o Prêmio Novos Talentos para Agricultura Sustentável conheceu seus vencedores em Brasília. A equipe Fertilibact, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq), conquistou o primeiro lugar com uma pesquisa que associa a biodiversidade da Amazônia à produtividade da soja e do milho.

Visando explorar de maneira sustentável o uso de microrganismos associados a plantas, o estudo propõe um método de promoção do crescimento de milho (Zea mays) e soja (Glycine max) a partir da bacterização de sementes utilizando a rizobactéria RZ2MS9 (Bacillus sp.), isolada do guaranazeiro (Paullinia cupana), uma espécie vegetal típica da Amazônia.

O conceito central da pesquisa revela o enorme potencial de inovação disponível no patrimônio de biodiversidade do País.

O Bacillus sp. RZ2MS9 apresentou, em casa de vegetação, efeito expressivo de promoção de crescimento vegetal com aumento de até 230 e 90% do peso seco de milho e soja, respectivamente, comprovando seu potencial como bioinoculante para aplicação também em campo o que resultará em reduções significativas no uso de insumos químicos para produção agrícola.

Bactérias produtivas

Participaram do trabalho vencedor a estudante de Ciências Biológicas, Andrea Ferrari, e o professor João Lúcio de Azevedo, do LGN. Em síntese, os pesquisadores da equipe “Fertilibac” encontraram nas raízes da planta do guaraná, da Amazônia, bactérias com o potencial de estimular a produtividade da soja e do milho.

Essas rizobactérias têm o potencial de promover o crescimento da produtividade por meio de mecanismos de fixação biológica de nitrogênio, entre outros. O conceito central da pesquisa revela o enorme potencial de inovação disponível no patrimônio de biodiversidade do País.

O prêmio

O prêmio, que distribuiu entre os ganhadores prêmios no valor de 55 mil reais, foi promovido pelo Instituto Fórum do Futuro e da Rede de Fomento para a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF).

O objetivo da iniciativa é aproximar os estudantes das oportunidades acadêmicas, científicas, profissionais e de empreendedorismo embutidas no desafio de aumentar a produção de alimentos em escala planetária e, ao mesmo tempo, intensificar a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

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