Muitos dos equipamento chegam na África em forma de doações, mas estão inúteis
Foto: Greenpeace
Enviados, comumente, do Reino Unido, França e Alemanha, computadores, televisores e celulares inúteis vão se acumulando nos lixões dos países africanos. Algumas vezes são enviados em forma de doação, mas estão inutilizados, e acabam também em lixões, causando problemas ambientais que impactam na vida e na saúde dos africanos.
Para tentar diminuir este problema, 23 nações africanas, membros da Convenção de Bamako, reuniram-se para elaborar um documento no qual exige da União Europeia que parte de seus países deixem de transformar África em um grande lixão, informou o site Euractiv. A deposição inadequada de lixo eletrônico significa expor pessoas aos efeitos dos metais pesados, como cádmio, mercúrio chumbo, cromo e gases tóxicos.
Os líderes das nações africanas solicitam que a UE reforce as leis para punir os países que não realizam a reciclagem necessária de seus produtos e enviam para locais mais pobres.
Em junho de 2012, foi estimulado que 45% dos equipamentos produzidos e utilizados na Europa seja reciclado dentro do território de origem, mas as nações da Convenção de Bamako informam que os eletrônicos e elétricos continuam sendo despejados com a mesma intensidade.
O fato é que dentro das leis que a Europa criou os países que enviam lixo para África ainda estão dentro das leis, pois o prazo para regulamentar o processo é até fevereiro de 2014. A EU também estipula o ano de 2020 para que os 85% do produtos sejam reciclados.
Em Gana, por exemplo, 85% do lixo que chega nos contêineres de produtos elétricos e eletrônicos vem da Europa e 4% da Ásia, informa relatório da ONU. As autoridades envolvidas na Convenção de Bamako alegam que muitos resíduos ilícitos chegam também com parte de cargas legais para disfarçar e driblar as inspeções alfandegárias.
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