Malala comemorou seu 16º aniversário na sede da ONU, em Nova York
Foto: Eskinder Debebe/UN
A estudante paquistanesa Malala Yousafzai fez seu primeiro discurso público na sexta-feira, 12 de julho, na sede da ONU, sobre a importância da educação, em especial para meninas de todo o mundo. Em pleno dia que completa 16 anos, a ativista foi recebida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e por centenas de estudantes de mais de 80 países.
Inconformada com um atentado que vitimou 14 meninas que saíam de um centro de estudos para voltarem para casa, no Paquistão, Malala teve a "ousadia" de começar uma campanha pelo direito de garotas como ela terem acesso à educação. Contudo, foi baleada na cabeça e no ombro em outubro de 2012 pelo Talibã, que realizava ação contra insurgentes islamitas.
Depois de ter sobrevivido milagrosamente, a jovem agora propõe a seguinte meta ao mundo: colocar todas as crianças do planeta na escola. Em junho, Malala foi a primeira pessoa a assinar uma petição global que reivindica ação urgente para garantir a todas as crianças o direito de frequentar os colégios em segurança - qualquer pessoa pode assinar o documento, disponível na internet.
Livros e professores
Para a adolescente, os extremistas temem os livros, o poder da educação e o poder da voz das mulheres. Malala Yousafzai fez um apelo aos líderes mundiais para que mudem suas estratégias e protejam os direitos das mulheres e das crianças.
Ao relembrar o ataque, a jovem falou que o Talibã falhou ao achar que ela seria silenciada. A paquistanesa destacou que "livros, canetas e professores são as armas mais poderosas que existem". Ao terminar seu discurso, Malala foi ovacionada e homenageada por seu aniversário.
Segundo a organização não governamental Avaaz, peritos sobre o assunto dizem que colocar todas as crianças do mundo na escola custaria o mesmo que criar duas usinas nucleares. "Colocar todas as crianças na escola parece algo ambicioso, mas na verdade é uma meta alcançável por meio de um aumento moderado do apoio financeiro internacional em cerca de US$ 26 bilhões (cerca de R$ 55 bilhões)", completa a ONG.
Para assinar a petição, clique aqui.
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