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Logística e falhas no cadastro são desafios para pequeno produtor orgânico

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09/05/2014 às 17:52 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:29 - há XX semanas
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Conseguir embalagens para os pequenos produtores é complicado, porque eles têm de comprar tamanhos maiores
Foto: Wendell

Apesar da maior capacitação e da redução de custos de insumos e sementes, o pequeno produtor orgânico no Brasil continua a enfrentar dificuldades como a logística e falhas no cadastro de produtos do setor. A avaliação é da coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional da Agricultura, Sylvia Wachsner.

Segundo Sylvia, as dificuldades do agronegócio orgânico permanecem grandes. “A logística é muito cara. Conseguir embalagens para os pequenos produtores é complicado, porque eles têm de comprar tamanhos maiores. O pequeno produtor tem um orçamento muito pequeno”, declarou.

A coordenadora aponta ainda falhas no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, elaborado pelo Ministério da Agricultura. Segundo ela, não há indicações de tonelagem da produção orgânica animal e vegetal. Ela defende que as informações sobre os alimentos orgânicos tenham mais visibilidade no site do ministério.

Mesmo com as dificuldades, a coordenadora destacou o crescimento das agroindústrias do setor, que agregam valor aos produtos orgânicos.

“Que as informações lá [no cadastro] sejam mais abrangentes, mais visíveis e completas e digam quantas toneladas há de grãos, de hortigranjeiros, de frutas. Quais são os produtos principais também”, reivindicou. A coordenadora destacou que o Ministério da Agricultura precisa começar a trabalhar esses dados com urgência.

Crescimento do setor

Mesmo com as dificuldades, a coordenadora destacou o crescimento das agroindústrias do setor, que agregam valor aos produtos orgânicos. “Aos poucos, elas [as indústrias] vão crescendo e então o mercado começa a ter mel com sabores, sucos de sabores variados, queijos com ervas. Isso vai agregando valor”, disse.

Sylvia é uma das participantes da terceira edição do Green Rio, que ocorre desde quarta-feira, 7 de maio, no Rio de Janeiro. A primeira edição foi organizada em 2012 pelo Planeta Orgânico, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Investimentos em orgânicos

O Centro de Inteligência em Orgânicos da Sociedade Nacional da Agricultura tem um estande no evento, onde reúne empresas que oferecem alimentos orgânicos diferenciados e sustentáveis. Uma delas, a Ecobras, recebeu empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em dezembro de 2013, no valor de R$ 988,3 mil, para investimentos em sustentabilidade, novos produtos, expansão industrial e aquisição de equipamentos.

O Green Rio tem patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do governo fluminense e apoio do Ministério do Meio Ambiente, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e do Jardim Botânico do Rio.

(Via Agência Brasil)

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