Um em cada quatro carros na cidade vai pagar mais caro para estacionar
Foto: Getty Images
Há quem diga que seja preciso "sentir no bolso" para que medidas ambientalmente corretas sejam adotadas, porque orientação, apenas, não basta. Em Madri, uma das capitais europeias que mais sofre com a poluição do ar causada pela frota de carros, um sistema de parquímetro passará a cobrar taxa de estacionamento de acordo com as emissões de gases-estufa do veículo.
A partir do dia 1º de julho, carros movidos a diesel feitos antes de 2006 e os abastecidos por gasolina produzidos até 2001 vão pagar até 20% mais para estacionar. Já os veículos híbridos pagarão até 20% menos e os carros elétricos poderão estacionar gratuitamente.
A medida se aplica a chamada Zona de Baixas Emissões (ZBE), uma área do centro que, por seus níveis de poluentes e intenso tráfego de veículos, ganhou regras de circulação especiais.
Segundo informações do jornal espanhol El País, pelo cálculos oficiais, 24% dos veículos em circulação se enquadram no primeiro grupo, e devem pagar mais. Outros 58%, mais novos, devem sofrer a mesma cobrança, ao passo que 18% dos carros terão o benefício do desconto.
Outras ações
Além do parquímetro inteligente, a região deve ganhar sistemas de compartilhamento de bicicletas ainda neste ano e uma frota de 100 ônibus movidos a combustíveis limpos até 2015.
Hoje, o dióxido de nitrogênio (NO2), que é liberado no ar através de sistemas de exaustão do carro, é a preocupação central dos esforços da prefeitura de Madri.
O limite de segurança máxima para o NO2 estipulado pela União Europeia é de 40 microgramas (mcg) por metro cúbico. Mas, às vezes, os níveis do composto em Madri chegam a ficar cinco vezes acima do que é considerado seguro de respirar.
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