Mais de 90% dos consumidores brasileiros buscam ingredientes naturais quando vão comprar cosméticos/Foto:poperotico
Atualmente, a ciência a mídia e o consumo estão diretamente ligados. Eles fazem parte de um ciclo no qual à mídia "dita" as regras, a ciência fabrica e as pessoas consomem. No entanto, este "ciclo" perde a estabilidade quando os recursos naturais necessários para esta produção se esgotam, o que consequentemente amplia a demanda de produtos “naturais” “ecologicamente corretos” ou “orgânicos”.
A grande fabricação de cosméticos, por exemplo, utiliza produtos químicos e gera uma grande quantidade de lixo, ocasionando sérios problemas ambientais e até mesmo para a saúde. Daí é que surge a exigência atual do consumidor em adquirir um produto ecologicamente correto. No Brasil, por exemplo, o levantamento Barômetro de Biodiversidade, divulgado neste mês, em São Paulo, mostrou que mais de 90% dos consumidores brasileiros buscam ingredientes naturais quando vão comprar cosméticos, e mais de 80% deles procuram selos éticos e ambientais, além de querer saber a origem desses componentes.
“O consumidor é curioso e quer saber as histórias que estão envolvidas na cadeia produtiva, quer saber que o que compra agrega valor para as comunidades que produzem aquele ingrediente”, afrimou Cristiane de Moraes, representante da organização suíça União para BioComércio (UEBT) no Brasil, a Agência Brasil.
A pesquisa utilizou a resposta de oito mil pessoas de oito países sobre o conhecimento e a importância que os entrevistados e as empresas conferem aos temas biodiversidade e desenvolvimento sustentável nas relações de consumo. Entre o público das nações entrevistadas, os brasileiros foram os que mais se preocuparam com as questões ecológicas na hora de adquirir itens como cremes ou xampus.
A preocupação com essas questões é apontada na pesquisa como importante motivador para as empresas. Para a representante da UEBT, os empresários estão respondendo à expectativa. “Eles estão vendo a sustentabilidade como um todo. Querem ganhar dinheiro com biodiversidade e já compreendem que isso tem que ser feito de forma sustentável”.
Essa preocupação motivou a organização a dar mais importância a mercados como o Brasil, a Índia e o Peru que, além de serem mercados emergentes, detêm grande parcela da biodiversidade mundial. “As grandes multinacionais e empresas, principalmente do setor cosmético, que é mais mobilizado nesse tema, têm o Brasil como laboratório. Têm interesse em estudar os ativos daqui”, explicou Cristiane Moraes.
Com informações da Agência Brasil
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