Migração da espécie é a maior já registrada pela ciência
Foto: _Mrs_B
A escassez de água e alimentos tem feito as manadas de elefantes caminharem muito mais do que os antepassados desses animais. Ao menos, essa é a realidade de cerca de 350 elefantes, que circulam pelo deserto no Mali, na África, sob a escaldante temperatura média de 50°C.
Os animais chegam a caminhar por ano em torno de 32 mil quilômetros, o equivalente a uma vez e meia o estado de Sergipe, em busca dos itens fundamentais para sua sobrevivência: água e comida.
A informação consta em um estudo conjunto, publicado na primeira semana de 2013, no periódico Biological Conservation, entre pesquisadores das universidades de Oxford, na Grã-Bretanha, e a Estadual do Colorado, nos EUA.
Segundo o estudo, esta é a maior migração da espécie já registrada, sendo 29% mais extensa do que as maiores rotas identificadas anteriormente e 150% maior do que a registrada na vizinha Namíbia.
Para detectar o movimento dos paquidermes, os pesquisadores utilizaram coleiras com GPS em nove membros do grupo. Além do tamanho da migração, a pesquisa registrou ainda um distanciamento entre as fêmeas e machos da manada. As hipóteses é que as fêmeas são mais agressivas com humanos ou procuravam outro tipo de vegetação.
Os cientistas destacam que, mesmo demonstrando a pressão existente pela escassez de recursos naturais, a principal ameaça aos elefantes continua sendo o ser humano: três animais foram mortos em caçadas na região.
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