Os caminhões hibridizados serão cada vez mais comuns nos centros urbanos, seja na distribuição, na coleta de lixo ou em outros serviços
Fotos: Divulgação/Scania
A Scania apresentou recentemente, em nível mundial, o seu caminhão híbrido padrão Euro 6, um P320 que pode operar no modo elétrico ou com biocombustíveis. "Somamos o híbrido ao nosso portfólio, que é capaz de alternar entre uma condução silenciosa e livre de emissões ou com emissões muito baixas de CO2, mesmo com grande capacidade de carga", destacou Magnus Höglund, responsável por combustíveis alternativos e trens de força na Scania Trucks.
Segundo o executivo, os caminhões hibridizados serão cada vez mais comuns nos centros urbanos, seja na distribuição, na coleta de lixo ou em outros serviços. “A capacidade de aumentar o aproveitamento com a direção silenciosa e a redução do consumo de combustível são fatores que refletem diretamente na rentabilidade do cliente. Operar à noite, com as ruas vazias, pode significar maior produtividade e precisão das entregas, por exemplo”, explicou Höglund.
"Atualmente, existem 28 megacidades no mundo com mais de 10 milhões de habitantes", observou Höglund. “Pesquisadores e tomadores de decisão em todo o mundo buscam equacionar o dilema de distribuir bens e remover o lixo com o mínimo de impacto sobre as pessoas e o meio ambiente. Sem dúvida, caminhões têm lugar nesse futuro.”
Entrega do menor consumo
A economia do novo caminhão híbrido chega a 18% em um cenário típico de condução, comparado ao motor a diesel convencional. O motor elétrico e a ampla reserva de potência são inicialmente indicados para os estágios críticos finais de uma rota, por exemplo, ao dirigir em uma área urbana de silêncio obrigatório ou em ambiente fechado, livre de emissões.
O reaproveitamento da potência de frenagem compõe dois terços da economia de combustível que a hibridização oferece. Outras contribuições ocorrem com o desligamento do motor em baixas velocidades e o uso eficiente do sistema elétrico auxiliar.
O caminhão pode ser conduzido somente em modo elétrico a uma velocidade de até 45km/h, com o motor a combustão desligado ou em ponto morto a fim de acionar os sistemas auxiliares, tais como o compressor do freio.
Na prática, os mesmos estilos de condução em um caminhão convencional a diesel são recompensados em um caminhão híbrido, ressaltou Höglund. "É uma questão de condução antecipatória e de frear com antecedência e delicadeza. Exagerar no uso dos freios para carregar a bateria não funciona, já que, sempre é mais eficiente utilizar o impulso e deixar o caminhão deslizar. Ao mesmo tempo, obviamente, a potência extra no motor elétrico contribui para tornar a experiência de condução ainda mais agradável, com trocas de marcha mais rápidas e operações mais suaves em caso de engarrafamentos ou navegando pelos espaços apertados de um terminal.”
A fabricante sueca informou que o caminhão híbrido chegará ao mercado em 2016.
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