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SUSTENTABILIDADE

"Mercado também deve atingir objetivos socioambientais", defende Guilherme Leal

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27/10/2015 às 14:59 • Atualizada em 01/09/2022 às 3:03 - há XX semanas
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"Temos que agir de forma rápida e ousada", alerta Leal
Foto: Divulgação

Conhecido por sua trajetória na Natura, empresa da qual virou sócio em 1979 e ajudou a colocar entre as marcas mais valiosas do país, o executivo Guilherme Leal encontra-se atualmente envolvido em outras iniciativas que tentam colocar empresas do mundo inteiro como protagonistas nas mudanças exigidas por questões sociais e ambientais - embora se mantenha no conselho da companhia de cosméticos.

Em entrevista recente a Época, o empresário detalhou sua atuação junto ao BTeam, um grupo de líderes globais que querem criar um plano B para o capitalismo. A ideia é fazer com que o lucro não seja a única motivação das empresas e criar mecanismos para incentivar as companhias a ajudar o planeta e as pessoas.

"Precisamos de mudanças amplas e profundas na maneira como fazemos negócios. A começar por corrigir as distorções do mercado e fazer com que ele funcione para atingir também objetivos socioambientais, e não apenas financeiros", afirmou Leal.

Vão ter mais chances de prosperar as companhias que perceberem isso como oportunidade, adotarem modelos de gestão triple bottom line e usarem forças como inovação e empreendedorismo para promover a transformação social e ambiental de que precisamos”
Guilherme Leal, integrante do BTeam

Além do próprio Leal, o único representante brasileiro do grupo, são signatários da proposta Richard Branson, CEO da Virgin; Arianna Huffington, do Huffington Post; Paul Polman, CEO da Unilever, e outros oito líderes. "Nesta altura do campeonato, se quisermos garantir um mundo mais justo e sustentável para todos, temos que agir de forma rápida e ousada", ressaltou Leal.

Sistema B
Outra iniciativa com a qual ele está envolvido é o Sistema B, que certifica empresas que atingem alguns padrões de comprometimento com transparência, funcionários, meio ambiente e comunidade. A Natura é uma das empresas brasileiras que ganhou o selo.

O executivo faz questão de ressaltar que não quer acabar com o capitalismo, mas fazê-lo avançar. A crença é que se o modo de fazer negócios continuar como está, as companhias estarão competindo para escolher o capitão de um navio que vai afundar.

Parte da solução
Outra ideia muito clara de Guilherme Leal é que não basta que os indivíduos se esforcem para mudar o mundo, com filantropia ou ações paralelas ao trabalho. As corporações, para o executivo, também precisam ser parte da solução.

"O mercado é uma das grandes invenções da humanidade para atender suas necessidades, mas também tem sérias imperfeições. Por muito tempo, nós nos concentramos excessivamente no curto prazo, ignoramos os limites do planeta, não incluímos na conta os custos ambientais e sociais das nossas atividades. O modelo atual de capitalismo nos leva a consumir bem mais do que a Terra é capaz de renovar, contribuindo para a maior crise ambiental já enfrentada pelo homem. Isso sem falar na imensa desigualdade que ainda prevalece em vários lugares do mundo", justificou o empresário.

"Por outro lado, quando conscientes de seu papel integral no sociedade, as empresas podem ser parte importante da solução, por terem ampla presença na vida das pessoas e capacidade de dar o exemplo. "Vão ter mais chances de prosperar as companhias que perceberem isso como oportunidade, adotarem modelos de gestão triple bottom line e usarem forças como inovação e empreendedorismo para promover a transformação social e ambiental de que precisamos", projetou Guilherme Leal.

(Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui)

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