O projeto foi fundado em 2011
Fotos: Reprodução/Facebook
Tomate, kiwi, abacaxi, couve, feijão verde, hortelã, bananas e uvas cultivados em nível local são embalados para ser comercializados diariamente no Fresh Moves, uma mercearia móvel que funciona em Chicago (EUA). Todos os lugares que o ônibus percorre fazem parte de uma região onde os alimentos saudáveis são escassos. O novo modelo de varejo de produtos frescos começa a sua rota em Garfield Park e segue o seu caminho para Norte Lawndale, em seguida, parte para uma escola e uma comunidade no bairro de Austin.
O percurso foi escolhido estrategicamente, pois as frituras predominam na região por onde passa o Fresh Moves - este é um problema comum no norte da América, sobretudo em Chicago, historicamente empobrecida nas zonas sul e oeste.
Outro ponto é o acesso aos alimentos. Para se ter ideia, cerca de 2,3 milhões de famílias norte-americanas vivem a mais de uma milha de um supermercado e o acesso a um automóvel também deixa a desejar, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
O estudo de referência local aponta ainda que cerca de 600 mil pessoas, em Chicago, sofre com o acesso limitado a alimentos saudáveis. Comunidades minoritárias são particularmente vulneráveis aos impactos negativos na saúde causados pela falta de acesso a frutas e legumes frescos.
Com a proposta de melhorar esse quadro, o morador do "deserto alimentar" do bairro de Englewood, Steven Casey, fundou em 2011 o primeiro Fresh Moves com um ônibus reutilizado. O projeto surpreendeu a população local e aos poucos foi sendo aprimorado e reconhecido. Atualmente é possível encontrar cerca de 50 tipos de frutas, verduras e ervas frescas, organizadas dentro de compartimentos devidamente marcados.
Segundo Casey, a população passa por um processo de educação e reeducação no que diz respeito a alimentação saudável. "Quando você altera a percepção alimentar de alguém e há a descoberta de que ela pode ser saborosa, ganhamos uma ótima aceitação e as pessoas retornam. Reconhecemos que, em alguns casos, temos que ter uma abordagem mais lenta para educar nossos consumidores a fim de que se tornem clientes fiéis", explica o fundador da iniciativa, que tenta expandir o seu negócio.
Reconhecimento
Desde que a mercearia móvel tomou as ruas de Chicago, o projeto já atingiu cerca de nove mil moradores. Financiadores como o Chase Bank e outras instituições ajudam a apoiar a organização, que para operar precisa de cerca de 275.000 dólares por ano. Os custos trabalhistas são relativamente baixos.
A organização emprega quatro pessoas: um mecânico de ônibus, o motorista, um diretor e duas caixas. Os custos de manutenção e gás representam uma parcela maior do orçamento, de acordo com Casey. De acordo com ele a meta é ampliar o projeto.
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