Concentração do mercúrio triplicou nas camadas de águas superficiais
Foto: jjjj56cp
A poluição causada por atividades humanas, como mineração e queima de combustíveis fósseis, fez com que a concentração de mercúrio nos oceanos triplicasse em comparação com os níveis pré-industriais. A conclusão consta de um novo estudo publicado nesta semana na revista Nature.
A contaminação ambiental pelo metal altamente tóxico é uma realidade mundial. Mas só agora começou a ser dimensionada. E os resultados preocupam.
Além disso, o lançamento de esgoto sem tratamento na água também pode criar condições que potencializam os efeitos da substância ao torná-la mais solúvel.
O estudo destaca que a concentração do mercúrio triplicou nas camadas de águas superficiais, onde a presença de vida marinha é grande.
Uma das características do mercúrio que mais preocupam os cientistas é sua capacidade de biomagnificação. Ele se acumula ao longo da cadeia alimentar, fazendo com que as espécies mais altas na cadeia sejam expostas a uma maior concentração tóxica, o que aumenta, eventualmente, a exposição humana ao metal.
No entanto, falta quantificar essa acumulação nos animais aquáticos e seus possíveis efeitos, incluindo os riscos para os seres humanos.
Nosso impacto
Em entrevista ao jornal birtânico The Guardian, Simon Boxall, professor de Universidade de Southampton, afirmou que é difícil dizer, a partir da pesquisa, o tamanho do dano que já foi feito para a vida marinha.
"Eu não iria parar de comer peixes por conta disso", ponderou. "Mas esse aumento de mercúrio é um bom indicador do nosso impacto no meio ambiente marinho. É um alerta para o futuro", ressaltou.
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