Há uma população estimada de 1.600 animais da espécie.
Foto: oijulia
E se o mico-leão-dourado (Leontopithecus Rosalia) pulasse das cédulas das notas de R$ 20,00 para virar a mascote das Olimpíadas de 2016? Ameaçada de extinção, a espécie tem uma população estimada em 1.600 animais (em 1960, existiam apenas 300), segundo levantamento feito por biólogos, e está bem cotada para ser o animal-símbolo dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro.
Organizações não governamentais querem elevar para mais de dois mil a quantidade de exemplares, patamar considerado sustentável, pois o mico-leão-dourado sofreu uma grave redução de exemplares devido ao desmatamento do bioma Mata Atlântica, que abrange 15 estados brasileiros.
O governo do Rio de Janeiro anunciou em setembro um projeto de reflorestamento, cujo objetivo é a plantação de 34 milhões de árvores até o ano das Olimpíadas, conforme noticiou o EcoD. O objetivo é absorver os gases de efeito estufa que serão gerados devido as obras realizadas para o megaevento, além de auxiliar na reprodução da espécie.
Marcia Hirota, da Fundação S.O.S. Mata Atlântica, classificou o projeto do governo carioca uma meta ambiciosa. "Com este tipo de política pública, o Rio pode se tornar um exemplo para outros estados que estão em situação mais crítica", afirmou ao portal G1.com.
Tatu-bola na Copa
Outro animal ameaçado de extinção é o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), que foi escolhido recentemente para ser a mascote da Copa do Mundo de futebol de 2014, que também será realizada no Brasil. Para ser eleita, a espécie teve de vencer concorrentes como a arara, a onça, o jacaré e justamente o mico-leão-dourado.
Segundo o secretário executivo da Associação Caatinga e coordenador da Campanha Tatu Bola para Mascote da Copa 2014, Rodrigo Castro, toda a articulação começou em janeiro de 2012, quando a entidade procurava alguma forma de envolver a questão ambiental na luta pela Caatinga, dentro do contexto de um evento tão grandioso e de âmbito mundial, como a Copa.
O tatu foi sugerido por se enquadrar nos critérios que a Fifa estabeleceu para a escolha da mascote. O animal tinha que representar a identidade do povo, assim como a rica biodiversidade, além de ser uma ideia inovadora.
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