Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, vai sediar jogos da Copa das Confederações e Copa do Mundo Fifa
Foto: Divulgação
Por Ministério do Meio Ambiente
O governo de Minas Gerais divulgou na quinta-feira, 6 de junho, em Belo Horizonte, o plano de redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa estimadas para os jogos no estado da Copa das Confederações da Fifa em 2013 e a Copa do Mundo de 2014. Este é o primeiro planejamento desta natureza já concluído no país e resulta da parceria firmada com o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Elaborado para apresentar medidas de redução e compensação dessas emissões, o plano é uma resposta do governo estadual e da prefeitura de Belo Horizonte, com base no estudo da pegada de carbono. Trata-se de uma estimativa total dos gases de efeito estufa para os dois eventos, com apoio do Projeto Pegada de Carbono do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, firmado entre o MMA e a Embaixada do Reino Unido, encerrado em março de 2013.
O projeto busca apoiar o Núcleo Temático sobre Mudanças do Clima no âmbito da Copa do Mundo de 2014 e a tomada de decisão para a redução de emissões de GEE destes e de outros grandes eventos.
De acordo com a analista ambiental da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais, Cibele Mally de Souza, os estudos identificaram um montante de aproximadamente 805 mil toneladas de CO2 equivalente (uma unidade que contabiliza todos os GEE do Protocolo de Kyoto). Mas, desse total, apenas 9% são de responsabilidade direta do governo de Minas e da prefeitura de Belo Horizonte, que precisam reduzir os impactos dentro desse percentual, esclarece Cibele de Souza.
Legado sustentável
Planos semelhantes ao de Minas Gerais estão em curso em todos os estados que sediarão jogos das duas copas, incluindo o Distrito Federal. A diretora da secretaria de mudanças do clima e qualidade ambiental do MMA, Karen Silverwood-Cope, explica que todas as cidades-sede terão apoio do governo federal para elaborar seus inventários, planos de mitigação e compensação. E o prazo para entrega do relatório nacional consolidado ao ministério é o final de 2014.
Cibele de Souza: plano não se restringirá ao futebol
Foto: Ascom/MMA
A eficácia da realização do plano, explica Cibele de Souza, proporcionará um legado sustentável para megaeventos futuros no estado mineiro. As metas propostas são de reduzir 20% e compensar o restante das emissões próprias dos governos estadual e municipal. Somadas essas reduções àquelas já ocorridas com a construção sustentável do estádio do Mineirão, estima-se alcançar uma diminuição de cerca de 30% a 40% do total de emissões próprias de gases de efeito estufa previstas inicialmente.
Economia ambiental
O plano mineiro relaciona algumas propostas de redução de GEE, como a realização de compras públicas de baixo carbono; certificação, pela prefeitura de Belo Horizonte, de hotéis que usam critérios sustentáveis para economizar água e energia, por exemplo; gestão de resíduos para os dois eventos da Fifa; redução da pegada de carbono associada à estadia dos espectadores; parceria com a Fifa para entrega de produtos e processos verdes por parte dos fornecedores oficiais do evento e mecanismos de compensação de emissões, tais como reduções certificadas de emissões no âmbito do Protocolo de Kyoto, reduções certificadas de emissões em mercados voluntários internacionalmente reconhecidos e consolidados e nos programas próprios do governo mineiro e da prefeitura da capital, além de pagamentos por serviços ambientais.
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