Ministério do Meio Ambiente está monitorando as ocorrências, afirma Izabella. Foto: Elza Fiúza/ABr
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, confirmou terça-feira, 31 de julho, a redução do desmatamento na Amazônia. Dois dias antes da divulgação oficial dos dados mensais de monitoramento da floresta tropical, ela afirmou que, apesar de o balanço geral sobre o desmatamento ter registro favorável, entre 2011 e 2012, os dados também apontam a necessidade de melhoria das ações de controle.
“Temos que melhorar a atuação em relação à questão do desmatamento puxadinho [abate de árvores concentrado em áreas inferiores a 25 hectares], às propriedades que estão licenciadas e estão desmatando ilegalmente e às oportunidades do Cadastro Ambiental Rural (CAR), mas também às limitações desse cadastro”, destacou a ministra à Agência Brasil.
O cadastro, que servirá como instrumento para monitorar a situação de áreas de preservação permanente (APPs) das propriedades rurais do país, atualmente, passa por testes nos estados de Mato Grosso e do Pará.
No dia 30 de julho, o governo paraense comemorou a retirada do município de Ulianópolis, localizado na região do Rio Capim, da lista de embargo do Ministério do Meio Ambiente. Para deixar de compor o ranking dos maiores desmatadores do país, o município precisa registrar menos de 47 quilômetros quadrados de desmatamento durante o ano e ter 80% do CAR efetivado no município.
“Você ainda tem desmatamento expressivo no Pará, mas é importante a mudança com avanço das políticas públicas. O Cadastro Ambiental Rural vai ser essencial para regularização fundiária e ambiental”, avaliou a ministra.
Mesmo com o registro de redução do desmatamento, a situação da Amazônia é motivo de preocupação permanente do governo, que mantém as atenções voltadas para a dinâmica de ocupação da área e para a regularização das atividades econômicas nas unidades de conservação e nas terras indígenas na região.
“O desafio não é só o desmatamento, mas o crescente avanço do garimpo na Amazônia, particularmente em terras indígenas, que é algo que achamos que estava minimizado”, explicou Izabella.
Como os dados ainda não são oficiais, a ministra limitou-se a informar que os números “são impressionantes” e que o ministério está monitorando as ocorrências. “Estamos verificando o que está acontecendo e a fiscalização já está atuando, principalmente em terras indígenas”, ponderou.
Garimpo ilegal
Na última semana de julho, na Terra Indígena Kayapó, em Tucumã, no Pará, fiscais da Fundação Nacional do Índio (Funai) apreenderam uma balsa transportando escavadeira hidráulica, trator com carreta, sete motores com bombas de sucção acopladas, 15 mil litros de óleo diesel, barco de alumínio com motor de popa, gêneros alimentícios e outros materiais utilizados no garimpo ilegal de ouro.
De acordo com o órgão, um grupo de garimpeiros pretendia invadir a terra indígena para desenvolver a atividade clandestina nas proximidades da Aldeia Gorotire. A Funai foi procurada pela Agência Brasil para fornecer mais informações sobre denúncias e fiscalização de atividades de garimpo ilegal na região, mas não se manifestou até o horário de publicação desta matéria. Os servidores do órgão estão em greve.
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