"Quando vai ser prioridade dos governos estaduais cuidar da Floresta Amazônica?”, questionou Izabella
Foto: Elza Fiuza/ABr
Por Agência Brasil
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou na quinta-feira, 15 de agosto, que não há aumento do desmatamento na Amazônia, mas o ministério detectou um crescimento da prática da fragmentação, que ocorre quando se corta árvores seletivamente, sugerindo uma mudança na dinâmica do crime ambiental. “O sistema de inteligência do ministério já detectou essa prática e estamos combatendo com novas estratégias de fiscalização”, informou a ministra.
Segundo Izabella, o desmatamento da Amazônia foi reduzido para menos de 5 mil quilômetros quadrados. Em 2004, chegou a mais de 27 mil quilômetros quadrados. “Todos os recursos tecnológicos, humanos e financeiros foram alocados para a fiscalização. Não há corte de recursos. Ao contrário, é o maior contingente de fiscais que já trabalhou na Amazônia”, destacou a ministra.
A chefe da pasta ambiental do governo também cobrou dos Estados maior empenho na fiscalização. “Tem Estado que colocou na operação total de homens apenas seis funcionários para combater o desmatamento. E é um dos estados que mais desmata. Quando vai ser prioridade dos governos estaduais cuidar da Floresta Amazônica?”, questionou Izabella. A ministra não quis revelar qual é o estado por questões de segurança.
Segundo Izabella, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai tornar disponível em breve em seu site as áreas embargadas (proibidas ao plantio para recuperação da área degradada). “Tem gente plantando em área embargada e apostando na impunidade. A regularização prevista no Código Florestal é para quem desmatou até 2008. Após 2008, tem multa. É inaceitável que as pessoas ainda busquem o caminho da ilegalidade”, ressaltou.
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