Exemplo europeu de cidade inteligente, a espanhola Santander utiliza a tecnologia para facilitar a vida dos seus cidadãos
Por Fátima Lima*
Uma ‘smart city’, ou cidade inteligente, é a mais recente inovação tecnológica discutida em diversos fóruns mundiais que abordam a sustentabilidade. O conceito define cidades com boa performance em temas como economia, mobilidade, governança, meio ambiente, vida e pessoas.
Um exemplo de smart city é a pequena Santander, na Espanha, com quase 200 mil habitantes, onde há sensores espalhados por toda a cidade que informam sobre a qualidade do ar, as condições do trânsito e até onde há vagas públicas de estacionamento, para evitar que a pessoa trafegue além de sua necessidade com o carro.
A World Foundation for Smart Communities (Fundação Mundial de Comunidades Inteligentes) associa o termo smart city ao crescimento inteligente e planejado, por meio das chamadas TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação).
Segundo eles, uma cidade inteligente é aquela que fez um esforço consciente para utilizar a tecnologia da informação e, dessa forma, transformar, para melhor, a vida e o trabalho dentro de seu território de forma significativa e fundamental.
Uma vez que o aumento nas emissões de gases do efeito estufa decorre do crescimento do sistema automobilístico internacional, a mobilidade urbana é um dos âmbitos em que o conceito de smart city merece mais atenção, com foco na busca por inovações, conexão e eficiência dos sistemas de transporte.
As questões relacionadas a logística e mobilidade urbana estão cada vez mais presentes no dia a dia das grandes metrópoles. A convivência entre os transportes público e viário são alguns dos principais desafios que integram a agenda atual das grandes cidades.
Nos últimos 10 anos, a frota de automóveis e motocicletas, por exemplo, quadruplicou no Brasil. Por outro lado, o transporte público não evoluiu no mesmo ritmo e, hoje, não é considerado uma alternativa capaz de atender satisfatoriamente às demandas da sociedade.
A mudança desse cenário é, em certa medida, uma responsabilidade do estado. Mas cabe também a nós, como representantes da iniciativa privada, contribuir para a construção de uma nova realidade.
Temos responsabilidade nesse processo de mudanças de paradigmas, uma vez que em nosso dia a dia impactamos diretamente o processo de mobilidade urbana, seja com a locomoção de nossos funcionários, de nossas frotas ou com o transporte de produtos.
Este é um tema chave para todos os setores da economia. É uma realidade que faz parte do dia a dia de empresas petrolíferas, de indústrias, do comércio, enfim, todos temos nossa parcela de contribuição ao caos urbano em que vivemos hoje. No setor de seguros, estudos apontam a mobilidade urbana como um dos temas chave para os próximos anos.
Precisamos aproveitar esse momento para incentivar o debate sobre o tema, articulando ações em busca de iniciativas que beneficiem a sociedade e reforcem os rumos da mobilidade sustentável no Brasil.
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