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Montanhas de resíduo tóxico criam cidades fantasmas na China, denuncia ONG

A organização não governamental Greenpeace divulgou na terça-feira, 2 de abril, um relatório informando que os resíduos produzidos pela indústria de fertilizantes fosfatadas contaminaram diversas regiões chinesas.

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02/04/2013 às 17:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:31 - há XX semanas
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Uma das principais produtoras, província de Sichuan é a zona mais contaminada pelo fosfogesso na China
Foto: pirateparrot

A organização não governamental Greenpeace divulgou na terça-feira, 2 de abril, um relatório informando que os resíduos produzidos pela indústria de fertilizantes fosfatadas contaminaram diversas regiões chinesas e, em algumas delas, criaram montanhas de resíduos tóxicos, levando a população a abandonar o local.

Líder mundial do setor desde que duplicou a produção em 2001, a China sofre os efeitos do excesso de fabricação dos fertilizantes fosfatados, uma vez que o subproduto gerado, o fosfogesso, é extremamente poluente. O Greenpeace declarou que o excesso de produção fez a China acumular ao menos 300 milhões de toneladas de fosfogesso - algo em torno de 200 kg por habitante.

Depósitos

Além de ser produzido em grande quantidade, o fosfogesso muitas vezes é armazenado de modo ilegal e perigoso. Gigantescos depósitos ao ar livre deste subproduto, a pouca distância de um rio e de zonas habitadas, foram denunciados pela organização.

De acordo com o especialista chinês da organização ambiental Lang Xiyu, muitas vítimas do terremoto de cinco anos atrás rejeitaram as novas residências dadas pelas autoridades por estarem próximas de montanhas do resíduos, por vezes maior do que a própria cidade reconstruída. Há, ao menos, oito núcleos residenciais fantasmas.

Além de violarem dos depósitos as leis do país, análises de amostras detectaram a presença de arsênico, cádmio, cromo, mercúrio e outros metais pesados extremadamente nocivos no subproduto. "É uma bomba-relógio", apontou o documento.

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