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Moradores de favelas do Rio aprendem a reciclar computadores

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20/11/2013 às 9:35 • Atualizada em 30/08/2022 às 7:03 - há XX semanas
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Destino dos computadores reformados na Fábrica Verde na comunidade de Nova Brasilia
Foto: Ascom SEA

Moradores do Complexo de Manguinhos e do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, podem participar desde terça-feira, 19 de novembro, do projeto de inclusão social e digital Fábrica Verde. Criado pela Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), o programa permite que alunos aprendam a transformar computadores inutilizados em novas máquinas. Os equipamentos reciclados são doados a telecentros comunitários.

A novidade dessa edição é que pela primeira vez o programa contará com o patrocínio da Petrobras, que investirá R$1,2 milhão nas unidades de Manguinhos, do Jacarezinho e do Complexo do Alemão.

Segundo o secretário de Ambiente, Carlos Minc, a iniciativa lançada em 2011 já capacitou mais de 1.500 jovens e adultos das comunidades do Complexo do Alemão e do Salgueiro. "Com a entrada do Estado nesses territórios onde a lei do medo imperava, nós estamos finalmente conseguindo promover algumas ações de cidadania. Mais da metade desses jovens, formados no projeto, conseguiram seu espaço no mercado de trabalho. Nosso papel é facilitar e dar oportunidade para essas pessoas que durante tanto tempo viveram sem nenhuma expectativa de vida", destacou Minc à Agência Brasil.

Doação de máquinas

O curso oferece 120 vagas em cada uma das cinco turmas criadas para jovens e adultos entre 16 e 35 anos que cursam ou já tenham concluído o ensino médio. As aulas são dadas nos turnos da manhã e da tarde, três vezes por semana, durante três meses. Os alunos recebem uma bolsa de auxílio no valor de R$ 120 por mês.

No total, cerca de 1.500 computadores montados durante o processo de qualificação dos alunos foram doados a telecentros comunitários gratuitos instalados em diversas localidades do estado escolhidos com base no critério da exclusão socioeconômica. Mais de 40 unidades dos centros de inclusão digital foram inauguradas.

Para Marcelo Capello, de 27 anos, morador do Jacarezinho, além de proporcionar oportunidades profissionais, o projeto Fábrica Verde trará dignidade para os moradores. "Todo mundo aqui é muito sofrido. Ninguém nunca olhou por nós, e agora essa ação vêm resgatar nossa cidadania e autoestima", ressaltou.

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