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Na abertura da COP-20, chefe do IPCC alerta que "janela para agir está se fechando"

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02/12/2014 às 6:00 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:10 - há XX semanas
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Ministro peruano do Meio Ambiente, Manuel Vidal, oficializa a abertura da COP-20, em Lima
Foto: iisd.ca

Representantes de cerca de 190 países se reuniram na segunda-feira, 1º de dezembro, em Lima (Peru), em meio a esperanças de que um acordo da Organização das Nações Unidas (ONU) para desacelerar as mudanças climáticas seja possível em 2015, apesar dos alertas de que está acabando o tempo para manter o aquecimento global dentro de limites seguros.

"A janela para agir está se fechando rapidamente", alertou o chefe do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri, a representantes dos países. Segundo o órgão vinculado a ONU, há 95% de probabilidade de que as emissões geradas pelo homem sejam a principal causa do aquecimento global.

A cooperação entre China e Estados Unidos, principais emissores de gases do efeito estufa, e a decisão da União Europeia de reduzir suas emissões deram novo ímpeto às conversas da ONU que há duas décadas não conseguiram chegar a um consenso para um acordo global.

"Recebemos alguns sinais muito positivos", destacou o ministro peruano do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vidal, a representantes na abertura da cúpula, que seguirá até o dia 12 de dezembro em um complexo localizado em um quartel-general de Lima.

As nações responsáveis por mais de metade das emissões mundiais estabeleceram metas para si mesmas.

Os representantes devem decidir aspectos de um acordo para combater as mudanças climáticas que deve ser firmado em uma cúpula em Paris daqui a um ano, uma parte do objetivo de limitar as temperaturas mundiais médias a 2 graus Celsius acima dos tempos pré-industriais.

Impactos irreversíveis

As temperaturas já subiram 0,9 grau Celsius, e um conselho de cientistas da ONU afirma haver riscos de impactos irreversíveis que vão de danos aos recifes de coral ao derretimento do gelo da Groenlândia, o que elevaria o nível dos mares.

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O chefe do IPCC, Rajendra Pachauri, alertou que a "janela para agir está se fechando"
Foto: European Parliament/Pietro Naj-Oleari

As conversas renovam a esperança de um acordo, apesar da queda no preço do petróleo que complica uma transição para a energia renovável. Em novembro, os EUA concordaram em restringir suas emissões entre 26 e 28% abaixo dos níveis de 2005, e a China aceitou colocar um teto em suas emissões crescentes até aproximadamente 2030.

Aquecimento desastroso

A União Europeia também planeja cortar suas emissões para 40% abaixo dos índices de 1990, o que significa que as nações responsáveis por mais de metade das emissões mundiais estabeleceram metas para si mesmas.

Mas as temperaturas caminham para subir mais que 2 graus Celsius. "Atualmente, estamos rumando para um aquecimento de 3 a 4 graus Celsius", admitiu o ministro das Relações Exteriores das Ilhas Marshal, Tony de Brum, ressaltando que isso seria "desastroso" para o mundo.

(Com informações de agências internacionais)

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