Uma das metas é limitar o aumento da temperatura global para 2°C
Foto: Kibae Park/UN
A nova rodada de negociações climáticas das Nações Unidas, em Bonn, na Alemanha, vai ouvir no sábado, 8 de junho, organizações observadoras que podem participar do evento mas têm capacidade limitada de votar e propor resoluções. Essas entidades vão debater como os atores não estatais podem contribuir ainda mais para a ação coletiva em relação às mudanças climáticas.
Coordenada pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), a nova rodada de negociações começou na segunda-feira (3) e vai até o dia 14 de junho. As propostas serão ouvidas pelos copresidentes do Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre a Plataforma de Ação Avançada de Durban (ADP), Jayant Moreshver Mauskar e Harald Dovland. O ADP tem como tarefa concluir um acordo climático universal até 2015 e que entrará em vigor a partir de 2020. Todos os observadores que não estarão presentes na sala poderão participar virtualmente via transmissão pelo site da UNFCCC e no Twitter.
“As negociações estão agora em uma fase conceitual e crucial do acordo de 2015 e precisam de insumos de todos os interessados relevantes. Com um número crescente de países articulando suas legislações climáticas, com o investimento em energias renováveis crescendo e o aumento da atenção do setor privado para risco climático, as negociações podem capturar a energia e dinamismo de todos os interessados, que por sua vez precisam fornecer claros insumos para onde uma maior ambição é possível e onde a orientação da política internacional dos governos pode desencadear em ainda mais ação por parte deles”, destacou a secretária-executiva da UNFCCC, Christiana Figueres.
Durante as negociações, começará o processo de revisão em profundidade para adequação do objetivo acordado pelos governos, no Acordo de Copenhague, de limitar o aumento da temperatura global para 2°C. A revisão é uma verificação sobre o avanço da ameaça das mudanças climáticas e a eventual necessidade de mobilizar ainda mais a ação de combate, e está prevista para terminar em 2015.
Outras discussões importantes incluem palestras sobre arranjos institucionais que fornecem às populações mais vulneráveis melhor proteção contra perdas e danos causados por processos lentos como o aumento dos níveis do mar, além do debate de maneiras para medir o desmatamento e evitar consequências negativas da ação climática.
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