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Negociadores preparam terreno para chegada de ministros à COP-18

Por enquanto, as negociações na COP-18 seguem no nível técnico. Especialistas tentam alinhavar os principais pontos do debate sobre mudanças climáticas para que os ministros, a partir do dia 4 de dezembro, façam os últimos ajustes e assinem um documento final com os compromissos que vão valer a partir de janeiro de 2013. Os diálogos até agora foram considerados tímidos por observadores internacionais presentes em Doha.

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29/11/2012 às 19:20 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:54 - há XX semanas
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Por enquanto, as negociações na COP-18 seguem no nível técnico
Fotos: iisd.ca

Por Agência Brasil

Há quatro dias, negociadores de países em desenvolvimento e de economias desenvolvidas buscam acordos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa a fim de evitar que o aquecimento do planeta continue produzindo grandes tragédias mundiais, como as enchentes e extremas secas que o mundo tem presenciado nos últimos anos.

Até o último dia da 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18), realizada em Doha, no Catar, os representantes de quase 200 nações devem definir qual a meta de redução que cada país desenvolvido terá que cumprir nos próximos anos.

“Há um entendimento entre os países em desenvolvimento [G-77 e a China] de que é importante termos um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto”, explicou a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que embarca para Doha no domingo, 2 de dezembro.

Além de pontos polêmicos que estão longe de conclusões entre os negociadores, países como o Canadá, os Estados Unidos e a Nova Zelândia já declararam que não vão assumir compromissos obrigatórios.

Por enquanto, as negociações na COP-18 seguem no nível técnico. Especialistas tentam alinhavar os principais pontos do debate sobre mudanças climáticas para que os ministros, a partir do dia 4 de dezembro, façam os últimos ajustes e assinem um documento final com os compromissos que vão valer a partir de janeiro de 2013.

Metas tímidas

A impressão dos observadores é que as metas para o próximo período tendem a ser muito tímidas. Além de pontos polêmicos que estão longe de conclusões entre os negociadores, países como o Canadá, os Estados Unidos e a Nova Zelândia já declararam que não vão assumir compromissos obrigatórios.

Segundo Izabella Teixeira, a ausência desses países pode trazer alguma dificuldade política na definição dos novos caminhos para evitar que a temperatura do planeta suba além de 2 graus Celsius (ºC) nos próximos anos.

Renovação de Kyoto

Esse limite de aquecimento é um compromisso firmado entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento para minimizar os prejuízos provocados pelas mudanças do clima. Segundo a ministra, a delegação brasileira vai buscar a conclusão do tratado.

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Ativistas ambientais, representantes da sociedade civil organizada, também participam da COP-18

“O que buscamos é que tenha um caminho que assegure Kyoto e o compromisso legalmente vinculante dos países envolvidos em relação à redução das emissões de gases de efeito estufa. Muitos países desenvolvidos fizeram sua parte e reduziram emissões, como [os da] União Europeia, que é a favor de um segundo período [do protocolo]. Mas tem países emissores, como Estados Unidos, que nunca ratificaram Kyoto”, lembrou Izabella.

Ao afastar o pessimismo de alguns especialistas que colocam em dúvida a conclusão dos debates em Doha, a ministra destacou que, “para o Brasil, esse [o Protocolo de Kyoto] é o único acordo que define o compromisso vinculante na questão climática para os países desenvolvidos”. “Tirar Kyoto da mesa deixa um vácuo, até que você tenha um acordo geral”, ressaltou ela, ao mencionar a Plataforma Durban, acordada por todos os países em 2011. Pelo acordo, tanto economias desenvolvidas quanto as de países em desenvolvimento terão compromissos obrigatórios com a redução das emissões a partir de 2020.

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