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Nordeste concentra 30% dos catadores de recicláveis do país

Um estudo coordenado por técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que cerca de 30% dos catadores de materiais recicláveis de todo o país estão na região Nordeste (116 mil pessoas), a maioria em áreas urbanas. A Bahia é o estado com maior número de pessoas nesta atividade (34.107). O levantamento vai subsidiar as etapas estaduais e nacional da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que será realizada de 24 a 27 de outubro em Brasília, e que terá como tema a gestão de resíduos sólidos.

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21/08/2013 às 13:37 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:01 - há XX semanas
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De walk-man, funcionária separa plásticos de papéis para reciclar na cooperativa Avemare, projeto Lixo da Gente
Foto: Roberta Garrido

Um estudo coordenado por técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que cerca de 30% dos catadores de materiais recicláveis de todo o país estão na região Nordeste (116 mil pessoas), a maioria em áreas urbanas. A Bahia é o estado com maior número de pessoas nesta atividade (34.107).

Os dados, obtidos com base no Censo Demográfico de 2010, estão na publicação Situação social das catadoras e dos catadores de material reciclável e reutilizável. Realizada em parceria com a Secretária-Geral da Presidência da República e a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a pesquisa reúne indicadores sociais e econômicos desta parcela da sociedade.

Pesquisa irá subsidiar a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que terá como tema a gestão de resíduos sólidos

O diagnóstico demonstra que a renda média mensal dos catadores da região, em 2010, era de R$ 459,34, 10% inferior ao salário mínimo nacional (R$ 510,00). A média de idade das pessoas que revelaram exercer a atividade ficou entre 30 e 49 anos - aproximadamente 4% ainda não haviam atingido a idade adulta e 15% encontravam-se entre 18 e 29 anos, faixa etária utilizada como referência nas políticas públicas para a juventude.

A participação de negras e negros entre os catadores no Nordeste chegou a 78,0%. A Bahia foi o estado com maior representatividade de negras e de negros entre esses trabalhadores, 84,2%. O Rio Grande do Norte apresentou o menor percentual, segundo a pesquisa, 71,2%.

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Grafite no centro de São Paulo destaca, de forma crítica, a importância desses profissionais para as cidades e o meio ambiente
Foto: Blog do Milton Jung

Contribuintes

Dentre aquelas pessoas do Nordeste que declararam exercer a profissão no Censo 2010, 53,8% afirmaram que contribuíam para a previdência, embora não se tenha como saber se a contribuição era regular. O Rio Grande do Norte se destacou positivamente, tendo apresentado um valor de cobertura previdenciária de 65,0%. As piores médias foram encontradas no Maranhão e no Piauí, ambos com 42,2% do total de catadores que afirmaram contribuir.

A exemplo desta pesquisa, outras estão em andamento para as demais regiões e para o país. Elas irão subsidiar as etapas estaduais e nacional da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que será realizada de 24 a 27 de outubro em Brasília, e que terá como tema a gestão de resíduos sólidos.

- Conheça o estudo do Ipea na íntegra (em PDF) -

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