A Norte Energia se comprometeu em presentar um cronograma de obras até setembro. Foto: International Rivers
A Norte Energia, empresa responsável pela obra e operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, divulgou por meio de uma nota, que não enviará mais técnicos às aldeias para discutir as condicionantes previstas no Projeto Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA Indígena), aprovado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) no início de julho.
Divulgado dia 29 de julho, após reunião com cerca de 20 líderes indígenas das etnias Arara da Volta Grande e Paquiçamba, o documento afirma que os técnicos não retornarão às aldeias para discutir a transposição de embarcações do Rio Xingu, “após o sequestro dos três funcionários na Aldeia Muratu que durou cinco dias”.
Segundo o texto, a reunião, realizada no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Altamira (PA), com representantes dos índios, Funai, Ibama, Ministério do Planejamento, Secretaria Geral da Presidência da República e Ministério Público Federal, foi avaliada como “satisfatória” pelas partes. “Não havia qualquer razão para essa violência”, destacou a nota.
Entre as reivindicações apresentadas pelos índios está a instalação de sistemas de abastecimento de água, por meio dos poços artesianos, em cinco aldeias. A empresa garantiu que, até 31 de agosto, serão perfurados poços nas aldeias Muratu, Terrã Wangã e Paquiçamba; e até 15 de setembro nas aldeias Furo-Seco e Aldeia Nova.
Até o dia 27 de setembro, a Norte Energia se comprometeu em apresentar um cronograma de obras de infraestrutura relativas ao PBA Indígena, que prevê, entre as ações de engenharia, a construção de escolas, moradias e unidades de saúde.
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