Tecnologia é capaz de purificar rios poluídos
Foto: Samchio.
“Nós lavamos água”, anuncia um estande na 20ª EXPOT&C, atividade paralela da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre 22 e 27 de julho, em São Luís (MA). A frase inusitada refere-se a uma tecnologia de desinfecção solar de água, apresentada no estande do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).
Os pesquisadores sistematizaram um método demonstrado pela própria natureza há milênios: a desinfecção por meio de radiação ultravioleta tipo C. Segundo o coordenador de extensão do Inpa, Carlos Roberto Bueno, a inovação elimina os germes sem necessitar substâncias químicas. Isso porque a exposição dos raios ultravioletas presentes na luz solar gera modificações físicas que extermina os micro-organismos da água, desde que o líquido esteja o mais translúcido possível.
O sistema solar de desinfecção de água, desenvolvido pelo pesquisador do Inpa, Roland Vetter, é capaz de tornar águas poluídas de rios e lagos em água potável livre de germes, conforme resultado de testes preliminares em aldeias remotas na região Amazônica.
O equipamento desenvolvido pelo Inpe é compacto e agrupa tudo em uma única caixa movida por energia solar, purifica 400 litros de água por hora e pesa 13 quilos. O custo do aparelho varia entre R$ 1,5 a 10 mil, a depender das condições onde será instalado. Além disso, o dispositivo é portátil, podendo ser transportado facilmente entre comunidades.
Tecnologia
Não é de agora que se estuda a energia solar como uma fonte barata e inesgotável de purificação da água. Em 2009, cientistas irlandeses apresentaram tecnologia semelhante, com a utilização de fotocatalisadores nanoestruturados. Estudos nesse sentido são essenciais para reduzir o custo de purificação do recurso e garantir que a tecnologia chegue a comunidades remotas.
A estimativa das Nações Unidas é que até 2015, pelo menos 11% da população mundial, o equivalente a 783 milhões de pessoas, continuarão carentes de água potável. De acordo com os dados, 1,1 bilhão de pessoas continua sem redes de esgoto, e cerca de 4 mil crianças morrem diariamente por doenças diarréicas associadas à falta de qualidade da água.
Com informações de A Crítica
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