Almirante Ibsen: uma vida dedicada às causas ambientais
Foto: Gisele Koprowski
Ibsen de Gusmão Câmara, um dos brasileiros que mais lutou pela defesa do patrimônio natural do Brasil, morreu na madrugada de quinta-feira, 31 de julho, em um hospital da cidade do Rio de Janeiro. Tinha 90 anos e era carinhosamente conhecido como Almirante Ibsen.
Como oficial de alta patente da Marinha do Brasil, o Almirante Ibsen trabalhou de dentro do governo militar para alertar para os desastres ambientais e promover a conservação da natureza brasileira. Aposentado em 1981, passou a se dedicar exclusivamente à causa conservacionista.
Em uma época em que pouco se falava de conservação da natureza no Brasil, o Almirante Ibsen exerceu papel fundamental na campanha contra a caça de baleias no país e também foi um grande defensor das áreas protegidas, com papel de destaque na criação de parques e reservas na Amazônia. A participação dele foi fundamental ainda na criação das primeiras unidades de conservação marinhas do Brasil, como a Reserva Biológica Atol das Rocas, em 1979.
Outro legado do Almirante Ibsen foi o de direcionar e inspirar toda uma geração de profissionais atuantes na conservação da natureza. Ele contribuiu para a criação de uma dezena de organizações não governamentais conservacionistas e foi conselheiro de muitas outras.
Por exemplo, desde 1990 era membro do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza; e, de 1998 a 2009, presidiu a Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação (Rede Pró-UC), sendo que atualmente era Presidente Honorário dessa instituição. Ele também foi líder da Fundação Avina.
Entre as muitas outras honrarias que o conservacionista recebeu, está a homenagem concedida em 2013 pelo Ministério do Meio Ambiente, pelas suas mais de quatro décadas de contribuição à conservação da natureza brasileira.
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