As primeiras câmeras fotográficas foram criadas no do século 19, mas apenas nas décadas seguintes elas se consolidaram. Por incrível que pareça, o método pouco mudou até os anos 2000, quando a digitalização entrou em cena e os filmes foram substituídos por cartões de memória.
E como já faz um tempinho desde que essa nova tecnologia foi criada, existem diversos modelos que se tornam defasados com o passar do tempo. Mas será que dá para reciclar as câmeras digitais? Para responder essa pergunta, precisamos entender o funcionamento das antigas máquinas analógicas.
Câmera Analógica
Toda máquina fotográfica tem um mesmo princípio. A câmera escura consiste em uma caixa com um orifício por onde passa uma luz, que atinge um filme fotográfico - assim é reproduzida uma imagem invertida.
Seus principais componentes são:
- Carcaça de plástico;
- Lentes;
- Pilhas;
- Filme fotográfico: base plástica de celulose (flexível e transparente) em que é depositada uma ou mais camadas. A principal camada é a foto sensível, que contém sais de prata (cloreto, iodeto ou brometo de prata), sendo alguns mais sensíveis que outros para uma certa quantidade de luz.
Câmera digital
A câmera digital possui, basicamente, os mesmos princípios, porém, o processo de captura e armazenamento da imagem se dá por meio de um dispositivo eletrônico, possibilitando maior praticidade, apesar de alguns modelos não possuírem resolução de imagem tão boa.
Seus componentes são:
- Carcaça de plástico;
- Lentes de diferentes focos;
- Bateria;
- Monitor de LCD;
- Cartão de memória;
- Sensor de imagem: existem os sensores CMOS e o CCD, que são dispositivos que convertem a intensidade da luz em valores digitais armazenáveis. Há ainda, na superfície de cada microplaqueta de silicone, vários diodos foto sensíveis (photosites que capturam um único pixel da imagem;
- Microprocessador: executa instruções e cálculos para que seja possível que a câmera inspecione, capture, comprima, filtre, armazene, transfira e mostre a imagem.
Reciclagem
Se formos analisar o avanço tecnológico, as máquinas digitais deixaram de gastar grande quantidade de filme (que continha vários elementos químicos e, em geral, era inflamável) e proporcionaram a facilidade de visualização das fotos em dispositivos digitais, economizando papel. Mas, os elementos eletrônicos contidos nesses novos aparelhos levam substâncias químicas que poderiam causar problemas ambientais, se entrassem em contato com o meio ambiente. Dependendo do modelo, pode haver presença de mercúrio, chumbo ou cádmio.
Mesmo assim, é possível dar uma destinação correta às câmeras digitais antigas. Caso ela não possa ser consertada ou repassada a outro usuário, existem postos de reciclagem que dão o melhor destino possível para todos os componentes do item eletrônico.
Um local modelo é o Cedir (Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática), pertencente ao CCE (Centro de Computação Eletrônica), da Universidade de São Paulo (USP). Mas os fabricantes, atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), também têm que receber itens antigos para descartá-los corretamente.
No caso das câmeras analógicas, uma boa opção é procurar colecionadores de modelos antigos (acredite, não são poucos).
Como conservar sua máquina digital?
Para fazer com que sua câmera dure, veja algumas dicas:
- Não a deixe em locais muito úmidos, pois eles podem provocar manchas nas lentes ou danificar vedações do equipamento;
- Visor LCD deve ser limpo sem produtos químicos, apenas um pano macio e seco é o suficiente;
- Retire o pó das suas lentes, em seguida, limpe com produtos especializados (existem kits próprios para limpeza da máquina);
- Caso não vá utilizar a câmera por longos períodos, retire as pilhas, baterias e o cartão de memória;
- Evite a chuva, mas caso molhe, deixe secar por 24h.
(Via eCycle)
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