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OMS recomenda cortar pela metade consumo de açúcar

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05/03/2015 às 10:36 • Atualizada em 29/08/2022 às 0:19 - há XX semanas
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As recomendações da agência visam a reduzir a quantidade de doenças não comunicáveis, como a obesidade
Foto: OMS/Christopher Black

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quarta-feira, 4 de março, novas recomendações de redução do consumo de açúcar para que adultos e crianças tenham uma vida mais saudável e previnam doenças.

De acordo com a agência da ONU, a quantidade de açúcar livre – monossacarídeo (como glicose e frutose) e dissacarídeo (como sacarose) – não deve passar de 10% do consumo diário de energia de uma pessoa. No entanto, indicou que novos estudos demonstram que a redução para menos de 5% – o equivalente a seis colheres ou 25 gramas por dia – proporciona benefícios ainda maiores para a saúde.

Para a OMS, as evidências dos novos estudos são tão claras e fortes que devem ser adotadas como políticas e usadas como medidas para diminuir este consumo.

“Temos fortes evidências que diminuir o consumo de açúcar livre para menos de 10% de toda energia consumida, reduz o risco de sobrepeso, obesidade e cárie dentária”, disse o diretor do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS, Francesco Branca. “Adotar mudanças políticas que apoiem isso é a chave para que os países cumpram seus compromissos de reduzir o peso das doenças não comunicáveis.”

Açúcar "escondido"

As recomendações da OMS se baseiam em evidências que mostram que a quantidade de açúcar ingerido está atrelada ao ganho de peso em adultos. Além disso, apontam que as crianças que mais consomem bebidas açucaradas, como os refrigerantes, tem mais chances de se tornarem obesas do que as que apresentam um baixo consumo dessas bebidas.

A agência da ONU lembra que a grande parte do açúcar consumido atualmente está “escondido” em alimentos processados que não necessariamente são muito doces, como o ketchup.

Para a OMS, as evidências dos novos estudos são tão claras e fortes que devem ser adotadas como políticas e usadas como medidas para diminuir este consumo. Entre as sugestões da agência estão a educação dos consumidores, a regularização de vendas de comidas e bebidas não alcoólicas contendo grande quantidade de açúcar e políticas fiscais dirigidas para estes produtos.

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