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ONU propõe imposto sobre emissões de CO2 dos países desenvolvidos

Reduzir a dependência que os países em desenvolvimento têm de ajuda humanitária é o principal objetivo da Pesquisa Econômica Social Mundial 2012, elaborada pela Organização das Nações Unidas e divulgada na segunda-feira, 9 de julho. Entre os projetos estão um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2) em países desenvolvidos, que arrecadaria cerca de US$ 250 bilhões.

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09/07/2012 às 17:25 • Atualizada em 31/08/2022 às 15:23 - há XX semanas
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imposto seria cobrado sobre as emiss?s de co2 dos pa?es ricos
Taxa sobre as emissões dos países ricos arrecadaria cerca de US$ 250 bilhões/Foto: arbyreed

Reduzir a dependência que os países em desenvolvimento têm de ajuda humanitária é o principal objetivo da Pesquisa Econômica Social Mundial 2012, elaborada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e divulgada na segunda-feira, 9 de julho, na qual o organismo internacional propõe uma série de taxas, que podem arrecadar até US$ 400 bilhões por ano para a cooperação mundial.

Mesmo em meio à crise econômica, entre os projetos estão um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2) em países desenvolvidos; uma pequena taxação sobre transações monetárias e a participação no porcentual recolhido sobre operações financeiras da União Europeia - algo em torno de US$ 250 bilhões.

"Os países doadores têm reduzido a pequenas quantias suas contribuições e a assistência para o desenvolvimento teve um declínio no último ano por causa dos cortes de orçamento, causando uma queda de US$ 167 bilhões", justificou ao Estadão Rob Vos, que liderou o estudo.

Outras taxas que poderiam ser criadas, de acordo com o estudo, dizem respeito a transações financeiras (US$ 75 bilhões), tráfego aéreo (US$ 10 bilhões) e também sobre as operações com as quatro principais moedas - dólar americano, euro, yen e libra esterlina. A taxação sobre essas moedas, por exemplo, seria de apenas 0,005%, podendo render US$ 40 bilhões em benefício da cooperação internacional.

Difícil vai ser convencer os países ricos a contribuírem com tal empreitada, uma vez que a crise financeira foi o principal motivo alegado por eles na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), em junho, para que deixassem de se comprometer com metas concretas e vinculativas (de cumprimento obrigatório).

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