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Ópera compõe temporada cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disponibiliza, gratuitamente, apresentações da ópera Così Fan Tutte (Assim Fazem Todas), do compositor Wolfgang Amadeus Mozart, durante a temporada 2012 do projeto Ópera na UFRJ. Serão oito apresentações no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, até o dia 19 de julho.

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05/07/2012 às 19:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 5:18 - há XX semanas
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A ópera terá oito apresentações/Foto: Ana Liao

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disponibiliza, gratuitamente, apresentações daópera Così Fan Tutte (Assim Fazem Todas), do compositor Wolfgang Amadeus Mozart, durante a temporada 2012 do projeto Ópera na UFRJ. Serão oito apresentações no Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, até o dia 19 de julho.

A obra será cantada em italiano, com legendas em português e terá encenação em duas versões: clássica e contemporânea. Na estreia, realizada na quinta-feira, 5 de julho, a apresentação mostrou o modelo clássico. Já na sexta-feira (6), a mesma ópera será adaptada aos dias atuais. No final de semana, o espetáculo continua na Sala Leopoldo Miguez, com a versão clássica, no sábado (7), às 16h, e a contemporânea no domingo (8), no mesmo horário. No dia 10, às 12h, a adaptação à época atual volta à cena, no Auditório Horta Barbosa, no Centro de Tecnologia da UFRJ, na Ilha do Fundão.

Fora da capital, Così Fan Tutte poderá ser vista na versão clássica nos dias 12, às 20h, no Teatro Municipal de Niterói, e 14, às 19h, no Teatro Dom Pedro, em Petrópolis, na região Serrana. Encerrando a temporada, a ópera será encenada em versão contemporânea no dia 19, às 19h, no Teatro Municipal Trianon, em Campos dos Goytacazes, no Norte do estado. O coro e a orquestra será regida pelo maestro André Cardoso e terá a participação de 12 solistas.

Segundo o o coordenador cênico da montagem, André Heller-Lopes, este é o melhor texto da trilogia de Mozart e do libretista Lorenzo da Ponte [as outras duas são As Bodas de Fígaro e Don Giovanni]. "Picante, amoral, olha de maneira muito sórdida para as relações humanas, dentro da linha do século 18”, afirmou à Agência Brasil.

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A obra também será apresentada em versão contemporânea/Foto: André Garcez

Enredo

Heller Lopes descreve a apresentação como "ópera de conjunto", na qual todos os seis personagens são igualmente importantes. Na história, dois jovens oficiais, Ferrando e Guglielmo, apostam com o seu velho amigo Don Alfonso que suas noivas, as irmãs Fiordiligi e Dorabella, nunca os trairiam.

Para tirar a prova, combinam uma encenação: disfarçados, são acolhidos na casa das noivas, com a ajuda da criada Despina, e cada um acaba por conquistar a noiva do outro. Perdem a aposta para Don Alfonso, para quem “assim fazem todas”, mas, ao final, a trama é desmascarada e os pares originais se reconciliam.

Por ter como personagens mulheres infiéis e libertinas, o enredo foi durante muito tempo considerado decadente e imoral. “Costumamos olhar o passado com os olhos do século 19, uma época mais puritana, vitoriana, mas o século 18, quando se passa a história, tinha outro tipo de linguagem”, explicou André Heller-Lopes.

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