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Paris fechará Champs-Elysées para carros uma vez por mês

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15/01/2016 às 6:00 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:50 - há XX semanas
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Decisão de abrir a Champs-Elysées para os pedestres uma vez por mês segue uma tendência crescente em diversas cidades ao redor do mundo
Foto: Thomas Leplus/ Flickr/ (cc)

A tradicional avenida Champs-Elysées, uma das mais famosas de Paris, será fechada para carros um domingo por mês, a partir de abril, com o objetivo de oferecer espaço de lazer para pedestres e ciclistas. O anúncio da medida foi feito em 6 de janeiro pela prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo.

A iniciativa segue o exemplo de cidades como São Paulo e Bogotá (COL) e se soma a outras medidas amigáveis em relação a pedestres e ao ambiente, como a pedestrianização de um trecho de via na margem direita do rio Sena, a ser realizada ainda em 2016.

Cartão-postal de Paris, a avenida com museus e lojas de luxo ao longo de seus quase dois quilômetros de extensão foi fechada para carros e ocupada por milhares de pedestres em 27 de setembro como parte do evento europeu "Dia sem Carro".

Menos poluição
Na ocasião, a organização de monitoramento da qualidade do ar Aiparif registrou uma redução de cerca de 30% dos níveis de dióxido de nitrogênio na região da Champs-Elysées em comparação com outros domingos.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo e agências internacionais, Hidalgo também anunciou que, na edição de 2016 do "Dia sem Carro", a proibição de circulação de carros deve ser ampliada para toda a cidade.

hidalgotwitter-ecod.jpgÉ possível que o fechamento da renomada avenida parisiense sofra resistência por parte de alguns moradores. Em uma enquete feita pelo site do jornal Le Parisien com 5.800 leitores, quase 47% se declararam contrários à medida.

Um usuário identificado como "Coco20" disse que a medida transformaria a avenida em "mais um terreno para ladrões e terroristas".

As forças de segurança francesas estão em alerta desde os atentados de 13 de novembro, quando 130 pessoas foram mortas por extremistas islâmicos em bares e em uma casa de shows em Paris.

Tendência crescente
A decisão de abrir a Champs-Elysées para os pedestres uma vez por mês segue uma tendência crescente em diversas cidades ao redor do mundo. A iniciativa é inspirada em um programa de Bogotá, capital da Colômbia, que há mais de 40 anos abre algumas vias da cidade para pedestres e ciclistas aos domingos e feriados.

Em São Paulo, a decisão do prefeito paulistano, Fernando Haddad, de transformar a avenida Paulista em uma via apenas de lazer aos domingos, sem a circulação de carros, foi contestada pelo Ministério Público e criticada por muitos moradores.

Segundo pesquisa do Datafolha realizada em outubro, 47% dos paulistanos são favoráveis a medida e 43% são contra, somando-se a 7% de indiferentes e 3% que não souberam responder.

Já enquete do EcoD junto aos internautas, realizada em novembro, mostrou que 88% concordam com o fechamento da Paulista para carros aos domingos.

Em setembro, durante palestra em Paris ao lado de Haddad, Hidalgo declarou que, se pudesse, votaria em seu colega paulistano.

Outras cidades, como Madri, Nova York e Roma, têm experimentado iniciativas semelhantes, impedindo temporária ou permanentemente carros de circularem em algumas vias em favor dos pedestres.

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