O peixe robô monitora as áreas aquáticas em tempo real/Foto:BMT Group
Peixes com inteligência artificial são a nova aposta de pesquisadores espanhóis para detectar e identificar a poluição em portos e outras áreas aquáticas. O projeto de robótica e hidrodinâmica, que levou três anos para ser concluído, foi desenvolvido pela Shoal e financiado parcialmente pela União Europeia.
O método tradicional de monitoramento da poluição é feito por mergulhadores que colhem amostras e depois as enviam para laboratórios a fim de serem testadas. Todo esse processo demora e não capta informações em tempo real. Já com os robofishs ou peixes robô as informações chegarão no momento exato da captação e do acontecimento.
"A ideia é ter monitoramento em tempo real da poluição, de modo que se alguém está despejando produtos químicos ou algo está vazando, podemos chegar a ele de imediato, descobrir o que está causando o problema e pôr um fim a ele", explicou a BBC, Lucas Speller, um cientista da divisão de pesquisa da BMT Group, uma consultoria de tecnologia.
Os peixes são capazes de mapear a localização exata em que se encontram, a direção que eles têm que seguir, quais as amostras que eles precisam recolher e como eles vão se comunicar. Eles são projetados para se adaptarem ao ambiente marinho, sem interferir com o seu trabalho ou causar qualquer perturbação à sua ecologia.
Outras funções essenciais incluem manter a distância de outros peixes, evitar obstáculos, detectar a localização das zonas de poluição e, finalmente, voltar para uma recarga na base.
A Shoal já gastou cerca de £ 20.000 libras (cerca de R$64.000,00) na fabricação do peixe, mas eles esperam uma redução de custo com a produção comercial.
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