A crise econômica é citada como um dos fatores. Foto: UN Photo/John Isaac
As doações de governos para as Metas de Desenvolvimento do Milênio caíram 3% em 2011, em comparação ao ano anterior. Segundo a ONU, a ajuda de US$ 133 bilhões foi, pela primeira vez, a menor em vários anos.
Os dados estão no relatório Parceria Global para o Desenvolvimento: Fazendo da Retórica uma Realidade, lançado dia 20 de setembro. De Nova York, a secretária para Políticas de Desenvolvimento da ONU, Ana Cortez, explicou que o documento faz também recomendações.
"O relatório de 2012 apresenta um diagnóstico bastante desfavorável. Identifica retrocessos significativos em várias áreas e oferece recomendações práticas de como diminuir esse déficit, para o cumprimento dos compromissos assumidos pela parceria internacional ao desenvolvimento", frisou Ana.
Para o Secretário-Geral da ONU, o documento "retrata um cenário problemático". Ele fez um apelo por parcerias globais mais fortes, para que as nações alcancem as metas no prazo indicado.
Mas o documento também nota progressos, por exemplo, na cooperação Sul-Sul. É destacada a intenção do Brasil em investir US$ 23 milhões na produção de antiretrovirais em Moçambique.
O relatório foi produzido pela Força-Tarefa das Metas do Milênio, um grupo de trabalho que acompanha progressos da parceria global ao desenvolvimento.
Crise Financeira
O relatório prevê que sem um aparente compromisso dos governos doadores, é possível que um número menor de objetivos seja atingido por menos países até 2015.
A crise econômica é citada como um dos fatores para a queda nas doações. A Grécia diminuiu a contribuição em 39%, enquanto Portugal e Alemanha mantiveram o mesmo volume de ajuda.
As Metas do Milênio são um conjunto de oito objetivos que os países devem cumprir até 2015, na busca pelo fim da pobreza e por avanços em áreas como educação e saúde.
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