Poluição é um dos principais problemas enfrentados pelos chineses
Foto: Zhu Xudong/Xinhua
Cerca de 2 milhões de veículos saíram de circulação nesta segunda-feira, 3 de novembro, em Pequim (China), no primeiro dia de restrições ao trânsito para assegurar a qualidade do ar na cidade durante a cúpula da Cooperação Econômica Asia-Pacífico (Apec).
Como há seis anos, por ocasião dos Jogos Olímpicos, até o dia 12, os automóveis de Pequim circularão alternadamente, de acordo com o último número da placa: hoje pararam os pares; amanhã serão os ímpares.
O número de emissões dos cerca de 5,5 milhões de automóveis que circulam diariamente em Pequim é considerado uma das principais causas da elevada poluição da cidade e consequente diminuição do número de turistas.
Desta vez, os visitantes incluem os líderes de 20 países e regiões do Anel do Pacífico, entre eles os presidentes ou primeiros-ministros dos Estados Unidos, da Rússia, do Japão, da Coreia do Sul, Indonésia e do Canadá.
Fator poluição
Cinco cidades próximas a Pequim, consideradas as mais poluídas da China, adotaram idênticas restrições à circulação, e algumas das suas empresas foram obrigadas a reduzir o trabalho.
Nos últimos anos, a poluição tornou-se um dos principais pontos de descontentamento popular, quase no mesmo nível da corrupção e das desigualdades sociais.
Níveis excedidos
Segundo indicadores oficiais, a atmosfera em Pequim está frequentemente poluída e a densidade de partículas PM2.5, as menores e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões, excede muita vezes os 400 microgramas por metro cúbico, 15 vezes mais do que o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
A cúpula da Apec, marcada para 10 e 11 de novembro, será precedida de reuniões de altos funcionários, empresários e ministros dos 21 membros da organização.
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