O número de artigos brasileiros sobre meio ambiente e ecologia publicados em periódicos internacionais multiplicou nas últimas décadas: de aproximadamente dez, nos anos 1980, para cerca 600 por ano, atualmente. Os dados foram apresentados pelo diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, na aula inaugural do Programa de Doutorado em Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), segundo informações da Agência Fapesp.
Embora o número de publicações tenha crescido exponencialmente, Cruz ressaltou que o impacto desses trabalhos na comunidade científica global, percebível pelo número de citações, continua abaixo da média mundial. “Ainda não estamos criando ciência que tenha mais importância do que a melhor ciência feita no mundo”, destacou.
Para Carlos Henrique Brito Cruz ciência ambiental brasileira precisa melhorar
Foto: USP Imagens
O diretor da Fapesp ressaltou ainda que para fazer ciência de qualidade (aquela publicada em periódicos científicos internacionais, que embasa o debate social e as políticas públicas ambientais ao redor do globo), os cientistas brasileiros precisam elevar o nível de originalidade, sofisticação e o impacto das suas pesquisas.
Para tanto, Cruz indicou que é preciso publicar mais em língua inglesa, ampliar as parcerias no âmbito nacional e internacional e estimular pesquisas com caráter interdisciplinar. Além disso, ele explicou o papel das instituições de fomento, como a Fapesp, nesse cenário.
Segundo ele, apesar de sofrer certa pressão para aprovar projetos ligado a competição da indústria, a cura de doenças e a redução da pobreza, a Fapesp se interessa por projetos em diversas áreas do conhecimento: “(A gente também) valoriza aquele tipo de pesquisa que faz a humanidade ficar mais sabida”.
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