Ações propostas na Rio-92 nunca passaram de promessas. Foto: sxc.hu
Análise publicada na revista científica Science revelou que apesar das promessas na Rio-92 de proteger habitats-chave e restringir a pesca, de lá pra cá, pouco foi feito para proteger a vida marinha.
"Nossa análise mostra que quase nenhum dos compromissos assumidos pelos governos para proteger os oceanos foi cumprido", afirmou à BBC, Jonathan Baillie, diretor de conservação da Sociedade Zoológica de Londres.
Ações como a de se criar reservas marinhas até 2012, eliminação de subsídios que contribuem para pesca ilegal, proteção de habitats importantes não passaram de "promessas". Os subsídios não foram eliminados e a pesca ilegal continua sendo grande motivo de preocupação em algumas partes do mundo.
A preocupação maior, segundo os pesquisadores, está no fato de que os oceanos, que possui pouco mais de 1% protegido, não estão entre os temas principais da Rio+20.
Na conferência, o "pacote" de resultados que os negociadores dos governos estão discutindo inclui:
- Concordar em estabelecer reservas marinhas em águas internacionais;
- Concordar com o uso equitativo dos recursos genéticos dos oceanos;
- Compromisso de que os países ricos irão ajudar nações pobres com tecnologia.
Porém o desenrolar das discussões é incerto já que nas várias rodadas de discussões preparatórias, que começaram seis meses antes da Rio+20, houve poucos sinais de que todos os governos estejam interessados nessas medidas.
"Para que os processos internacionais sejam levados à sério, os governos precisam ser responsabilizados e qualquer comprometimento futuro deve vir acompanhado de planos claros para implementação e de um processo para avaliar o sucesso ou o fracasso.", afirmou Baillie.
Com informações da BBC.
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