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Plásticos biodegradáveis não são a resposta para reduzir o lixo marinho, destaca estudo

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19/11/2015 às 6:00 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:57 - há XX semanas
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Uma vez no oceano, o plástico não vai embora, mas se quebra em partículas de micro-plástico
Foto: Antonio Foncubierta/ Flickr/ (cc)

A adoção generalizada de produtos rotulados como ‘biodegradáveis’ não vai diminuir significativamente o volume de plástico que entra no oceano ou os riscos físicos e químicos que os plásticos representam para o ambiente marinho, concluiu um relatório da ONU divulgado na terça-feira, 17 de novembro.

O relatório Plásticos biodegradáveis e Lixo Marinho. Equívocos, preocupações e impactos nos ambientes marinhos acredita que a completa biodegradação de plásticos ocorre em condições que raramente, ou nunca, se vê em ambientes marinhos, com alguns polímeros exigindo instalações industriais e temperaturas prolongadas acima de 50°C para serem desintegrados.

Há também alguma evidência que sugere que os produtos de rotulagem como ‘biodegradável’ aumentam a propensão do público de despejar o lixo em locais impróprios para tal.

Cerca de 280 milhões de toneladas de plástico são produzidas globalmente a cada ano e que apenas uma pequena porcentagem é reciclada

O relatório foi lançado para marcar o 20º aniversário do Programa Global de Ação para a Proteção do Ambiente Marinho de Atividades Situadas em Terra (GPA), um mecanismo intergovernamental, organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Retenção nos oceanos
“Estimativas recentes do Pnuma mostraram que cerca de 20 milhões de toneladas de plásticos acabam nos oceanos a cada ano. Uma vez no oceano, o plástico não vai embora, mas se quebra em partículas de micro-plástico”, explicou o diretor executivo da agência da ONU, Achim Steiner, solicitando uma abordagem mais responsável na gestão de vida dos plásticos.

Em 2014, um estudo feito pelo Pnuma e parceiros estimou que cerca de 280 milhões de toneladas de plástico são produzidas globalmente a cada ano e que apenas uma pequena porcentagem é reciclada. Em vez disso, parte desse plástico acaba nos oceanos, custando vários bilhões de dólares anualmente em danos ambientais.

Nos últimos anos, cresceu a preocupação com relação aos micro-plásticos, partículas de até 5 milímetros de diâmetro, usados, especialmente, em produtos cosméticos. Esse material é ingerido por espécies marinhas, podendo causar sua morte.

- O relatório completo (em inglês) pode ser baixado aqui -

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