Lixo eletrônico representa uma série de riscos para o meio ambiente
Foto: Unep
O chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, salientou na segunda-feira, 4 de maio, a necessidade de limitar a utilização de produtos químicos perigosos e de encontrar uma solução para a massa de lixo eletrônico que se acumula ao redor do mundo.
O diretor participa da Conferência das Partes sobre as três principais convenções sobre o tema, realizada em Genebra. Aos jornalistas, Steiner mostrou sua preocupação com o “tsunami de lixo eletrônico” que invade o mundo.
Esta “montanha de resíduos” não só representa uma grande parcela de produtos não-recicláveis, mas também apresenta perigos para a população e para o meio ambiente. Por isso, ressalta o diretor, é preciso lidar com os elementos encontrados em equipamentos eletrônicos.
Grande parte dos elementos do lixo eletrônico poderia ser reutilizada, mas a falta de conhecimento sobre o descarte apropriado exacerba este problema. Chamando de “mineração urbana”, Steiner explicou que a quantidade de minerais que se encontram em celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos ultrapassam muitas vezes a quantidade existente em jazidas subterrâneas.
Intoxicação química
Sobre o uso de substâncias químicas, Steiner reforçou que as três convenções não têm a intenção de impedir o seu emprego, mas proteger aos cidadãos de intoxicação e enviar um sinal claro aos mercados que alternativas são necessárias.
“Anualmente um milhão de pessoas morrem por intoxicação química”, alertou Steiner. “É algo que nos dias de hoje, não é apenas desnecessário, mas é realmente intolerável. E por isso que a gestão segura de químicos é algo que aproximou os governos, a sociedade civil e o setor privado e a indústria química.”
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