Poluição encobre e dificulta a visão do Estadio Nacional, em Santiago, no Chile
Foto: Martin Bernetti/AFP/Getty images
Os altos índices de poluição atmosférica registrados em Santiago, capital do Chile, levou o Ministério do Meio Ambiente a decretar estado de emergência ambiental. Para reduzir os níveis de poluentes, o governo chileno suspendeu parte da indústria pesada e retirou cerca de 40% dos carros das ruas.
O quadro da situação é considerado alarmante por órgãos de saúde. Mais de 900 indústrias foram suspensas e cerca de 40% de 1,7 milhão de carros foram retirados das ruas de Santiago como uma medida temporária. Além dos altos níveis de emissões de gases poluentes, as condições meteorológicas incomuns também estão sendo culpadas pela qualidade do ar, segundo autoridades.
“Estamos atualmente enfrentando condições incomuns, com um dos junhos mais secos em mais de 40 anos, bem como condições muito ruins de circulação de ar no vale de Santiago nos últimos dias, o que aumenta a concentração de contaminação”, informou o Ministério do Meio Ambiente em comunicado.
As pessoas na área metropolitana de Santiago foram aconselhadas a evitar o exercício ao ar livre - uma advertência que coincidiu com o torneio de futebol Copa América, realizado atualmente no país. O campeonato pode ter sido parte da razão pela qual as autoridades estão tão ansiosas para lidar com a poluição atmosférica, embora essa informação não tenha sido confirmada.
Situações semelhantes
Em março, o governo francês proibiu a circulação nas estradas de metade dos carros de Paris como uma medida temporária para lidar com a poluição atmosférica. A iniciativa foi bem sucedida.
Londres sofre com a poluição do ar incapacitante com uma em cada 12 mortes estando ligada à poluição atmosférica. Assim, em abril, o Supremo Tribunal do Reino Unido ordenou ao governo que elabore um plano de ação imediata para acabar com os níveis de poluição ilegais e perigosas do país.
Mortes e poluição
Só no Brasil, cerca de 7,5 mil pessoas morrem a cada ano no Brasil devido à poluição do ar, de acordo com dados de um estudo da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, que mapeou quais são os principais riscos que a poluição atmosférica traz em diversas regiões do planeta. Um coautor da pesquisa considera esse número “conservador", pois subestimaria os impactos nas grandes cidades, como São Paulo e Rio.
Em países cuja poluição atmosférica é ainda maior, como Índia e China, o ar sujo pode aumentar em até 20% o número de ataques cardíacos e derrames nos próximos 15 anos.
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