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Incandescentes devem ser trocadas, pois gastam mais energia do que as fluorescentes e são menos duráveis Foto: James Bowe |
Por que trocar as incandescentes pelas fluorescentes? Economizar energia significa contribuir com o meio ambiente. Essa equação é bem simples: quando aproveitamos ao máximo o potencial da eletricidade que temos, a demanda energética diminui. Consequentemente, a necessidade de exploração de recursos naturais (água, por exemplo) para este fim também é reduzida, logo, todos saem ganhando. Embora um pouco mais caras, as lâmpadas fluorescentes iluminam de forma mais uniforme, tem alta durabilidade (sua vida útil pode ser até 10 vezes maior que a das lâmpadas comuns) e gasta menos energia. Só para se ter ideia, uma lâmpada fluorescente de 40 watts tem a mesma eficiência de uma incandescente de 100 watts. Nos últimos anos, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta. Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente.
Por dentro das lâmpadas Mas de que forma essas lâmpadas são constituídas? Mais comum, a lâmpada incandescente possui um filamento fino de tungstênio, situado dentro de uma esfera de vidro. A potência dela costuma variar entre 40 watts, 60 watts, 75 watts e 100 watts. Ao correr pelo filamento, a eletricidade transforma a energia elétrica em calor, que por sua vez faz com que o filamento fique branco (luz). O brilho do filamento, portanto, é atribuído ao calor. A questão é que o calor gasta muita eletricidade, em razão da energia desperdiçada para criá-lo. Em média, as lâmpadas incandescentes produzem cerca de 15 lúmens por watt de energia interna.
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Lâmpadas fluorescentes iluminam mais, gastam menos energia e são mais duráveis Foto: issartel |
Já a lâmpada fluorescente faz a produção da luz de forma diferente. Eletrodos ocupam as duas extremidades de um tubo fluorescente. Uma corrente de elétrons flui (através de um gás que contém argônio e vapor de mercúrio) de um eletrodo para outro - estes elétrons batem nos átomos de mercúrio, excitando-os. Ao se moverem do estado excitado para o não excitado, os átomos de mercúrio soltam fótons ultravioleta. Os fótons atingem o fósforo que cobre a parte interna do tubo fluorescente, e este fósforo produz a luz visível. Uma lâmpada fluorescente consegue produzir entre 50 e 100 lúmens por watt, o que a torna de quatro a seis vezes mais eficaz do que as lâmpadas incandescentes. Um exemplo prático: ao comprar uma lâmpada fluorescente de 15 watts, você estará consumindo um produto que utiliza a mesma quantidade de luz que uma lâmpada incandescente de 60 watts.
Tecnologia das nanofibras promete Enquanto as lâmpadas fluorescentes seguem como exemplo de material ambientalmente correto, ao contrário das incandescentes, cientistas norte-americanos prometem uma tecnologia ainda mais eficaz em um futuro próximo: as lâmpadas de nanofibras. Segundo os cientistas, a novidade é mais eficaz do que as lâmpadas fluorescentes compactas (também conhecidas como "PL") quando o assunto é a conversão da eletricidade em luz. Mas além da eficácia, a luminária à base de nanofibras também possui uma vantagem em relação às convencionais: não tem mercúrio na composição - fator que confere à ela o status de mais ambientalmente correta. Construídas a partir de uma estrutura de nanofibras, as novas lâmpadas podem ser controladas com precisão desde o momento em que são fabricadas, o que não ocorre com os filamentos das incandescentes comuns. Dessa forma há um gerenciamento inédito da intensidade de luz emitida e da quantidade de eletricidade consumida. Os pesquisadores procuram parceiros na indústria para a viabilização da produção das novas lâmpadas em escala comercial. A expectativa é de que os primeiros produtos baseados na nova tecnologia deverão estar no mercado até 2015.