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Prédios usados para tortura de presos políticos do RJ podem virar memoriais

Os prédios do Rio de Janeiro que foram usados pelo regime militar para torturar presos políticos poderão ser tombados para criação de memoriais. A ideia partiu da Comissão Nacional da Verdade e atende à reivindicação de organizações da sociedade civil, como informa o coordenador da comissão, Gilson Dipp.

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16/08/2012 às 17:00 • Atualizada em 10/09/2022 às 3:43 - há XX semanas
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O Memorial da Resistência, em São Paulo, é o modelo proposto pela Comissão da Verdade para conservar a memória da repressão / Foto: Juliana Dacoregio

Os prédios do Rio de Janeiro que foram usados pelo regime militar para torturar presos políticos poderão ser tombados para criação de memoriais. A ideia partiu da Comissão Nacional da Verdade e atende à reivindicação de organizações da sociedade civil, como informa o coordenador da comissão, Gilson Dipp.

A reivindicação da criação dos memoriais, dos centros culturais e dos tombamentos é do Coletivo Memória Verdade e Justiça, formado por cerca de 20 organizações, dentre elas, a Seccional RJ da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que recebeu a comissão na segunda-feira, 13 de agosto, pela primeira vez. No encontro foram entregues depoimentos de sobreviventes e de parentes de desaparecidos.

O coordenador afirma que os memoriais ajudam a contar a história do país. Um exemplo é o Museu da Resistência, que foi criado em São Paulo no local onde funcionava a antiga sede do Departamento de Ordem e Política Social (Dops). "De todos esses locais, os mais importantes, na nossa proposição, é que se tornem relíquias, quanta gente nunca ouviu falar da repressão militar?", perguntou Dipp.

Durante o evento, o presidente da seccional da OAB, Wadih Damous, pediu o tombamento do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), na Tijuca, e da chamada Casa da Morte, em Petrópolis, mantida secretamente pelo Exército, de onde apenas a militante Inês Etienne Romeu saiu viva.

Ana Bursztyn-Miranda, que também representava o coletivo no Rio, acrescentou que outro importante centro de tortura e prisão de militantes, o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) do Rio, onde funciona o Museu da Polícia Civil, como já é tombado, deve ser transformado em um memorial. O prédio histórico é de 1912.

"Como foi um prédio tão importante criado para ser sede da Polícia Central do Brasil, quando o Rio era capital, e tem uma memória de repressão longa, funcionou também na ditadura de Getúlio Vargas, aceitamos negociar a permanência do Museu da Polícia Civil, até porque boa parte deste acervo foi conseguido por meio de métodos repressivos", observou Ana Bursztyn.

Com informações do Portal Brasil.

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